Em convenção, PTB decide por aliança com PT e enterra ideia de candidatura com Bernal

Com a decisão, PTB reforça aliança para pré-candidatura do petista Delcídio do Amaral e contraria rumores sobre apoio à eventual candidatura do ex-prefeito cassado Alcides Bernal.

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Com a decisão, PTB reforça aliança para pré-candidatura do petista Delcídio do Amaral e contraria rumores sobre apoio à eventual candidatura do ex-prefeito cassado Alcides Bernal.

O PTB vai aliar-se ao PT nas próximas eleições. A decisão foi tomada em convenção, manhã desta terça-feira (24), em Campo Grande.

De 51 votos válidos dos dirigentes do partido, 32 foram pelo acordo com os petistas, que tem o senador Delcídio do Amaral como pré-candidato ao governo do Estado. Havia, também, a possibilidade de candidatura própria.

A chapa do ex-deputado estadual Aluizio Borges, que incluía a presença do ex-prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) na vaga ao Senado, teve 12 votos. A outra, encabeçada por Anderson Monteiro, teve sete votos.

O partido chegou dividido à convenção e buscando fortalecimento. A última grande bancada que o partido teve na Assembleia Legislativa foi com Pedro Pedrossian, lembrou o secretário-geral do diretório regional do partido, Valter Carneiro. Ele defendia a aliança com o PT: “se lançar candidatura própria o PTB vai acabar”.

Há petebistas inconformados com a possibilidade de incluir um prefeito cassado em uma chapa encabeçada pelo PTB. “O partido não tem estrutura para uma candidatura própria e o Bernal não seria um bom legado”, avalia Edite Passim, que participa da convenção.

Mozart Baptista é outro favorável à aliança, “porque o partido está sem expressão”. “É a mesma coisa que atravessar oceano em uma canoa”, diz ele, completando que a cassação de Bernal também refletiria mal ao PTB.

Setores que defendem a candidatura própria se dizem preteridos pelo presidente regional petebista, Ivan Louzada, por ter feito, na visão deles, a aproximação com o PT sem antes ter consultado as bases petebistas.

Paulo Estevão, pré-candidato a vice na chapa de Borges, disse que Monteiro, ao lançar uma disputa interna pela candidatura própria, colabora para a divisão do partido e “faz o jogo de Louzada, sem saber”. Ou seja, quanto mais rachado o partido estiver, mais fácil fica rumar para uma aliança com o PT.

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