Alvos de críticas da população, vereadores da Capital desistem de sessões nos bairros

Um dia após o líder comunitário Nilson Ferreira de Oliveira reclamar do mau cheiro e desafiar os vereadores a fazer uma sessão no lixão, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), anunciou a suspensão das sessões comunitárias, que serão substituídas por audiências públicas, no prédio da Câmara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, a decisão não tem relação com o episódio e o objetivo é cobrar do Poder Executivo a realização das obras e dos serviços públicos reivindicados pela comunidade.

Conforme o presidente Mario Cesar, o início das audiências públicas será em 15 dias. Elas serão realizadas com representantes do Poder Executivo e de cada uma das sete regiões urbanas de Campo Grande.

Em março, a engenheira agrônoma Maria Mazarelo Gomes puxou a orelha dos vereadores de Campo Grande durante Sessão Comunitária em uma escola no bairro Monte Castelo.

Na ocasião, ela disse estar indignada com o que chamou de “trem da alegria”, se referindo a indicações do vereador Edson Shimabukuro para cargos na Agetran (Agência Municipal de Trânsito). “O que eu vejo é muito vereador brigando por sua fatia do bolo, mas eles devem pensar no bem da população”, disse. Na ocasião, Shimabukuro disse que suas indicações eram técnicas, de pessoa que “estão indo realmente trabalhar”.

O objetivo das sessões comunitárias, realizadas às quartas, é de aproximar a Câmara à população. As reivindicações da comunidade feitas durante essas sessões são encaminhadas à prefeitura como indicações em nome da Câmara Municipal.