Vereador tenta defender e coloca Nelsinho em saia justa na Câmara
O vereador Elizeu Dionízio (PSL) ocupou o microfone de apartes na Câmara para tentar defender, mas acabou levantando questionamentos sobre a conduta do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). O vereador respondeu as declarações da vereadora Luiza Ribeiro (MD), que levou a Casa as polêmicas envolvendo o setor da Saúde. Ela informou que pedirá […]
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O vereador Elizeu Dionízio (PSL) ocupou o microfone de apartes na Câmara para tentar defender, mas acabou levantando questionamentos sobre a conduta do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). O vereador respondeu as declarações da vereadora Luiza Ribeiro (MD), que levou a Casa as polêmicas envolvendo o setor da Saúde. Ela informou que pedirá cópia das compras de medicamentos dos últimos cinco anos em Campo Grande, para verificar a suspeita de irregularidades.
Em defesa do ex-prefeito, Elizeu disse que havia solicitado informações que não foram repassadas por Alcides Bernal (PP), segundo ele por incompetência, mas garantiu que havia conseguido documentos com o ex-prefeito.
A declaração causou estranheza no vereador Paulo Pedra (PDT), que avaliou como preocupante a declaração de Elizeu, já que o ex-prefeito não poderia ter levado para casa documentos da administração municipal. A declaração movimentou os aliados de Nelsinho, que trataram de conversar com Elizeu Dionízio.
O vereador Edil Albuquerque (PMDB) fez questão de procurar a reportagem para justificar a declaração. Ele disse que toda papelada é pública e transparente. “Por meio do Diário Oficial se extrai tudo”, contou. Pedra não concordou e disse que no Diário Oficial só há extratos, sem documentação completa.
O vereador Elizeu Dionízio disse que não tinha falado se os documentos eram ou não do Diário Oficial. A imprensa chegou a questionar se eram, mas ele disse que não sabia. Neste instante, a vereadora Grazielle Machado (PR) puxou o vereador, dizendo que gostaria de falar com ele.
A conversa aconteceu nos corredores da Câmara e pouco tempo depois Elizeu retornou para continuar a conversa, justificando que recebeu informações do ex-prefeito e de vários outros setores quando estava na relatoria da Comissão Especial da Saúde, criada na Câmara para tentar abortar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta pela vereadora Luiza Ribeiro.
Pouco tempo depois a vereadora Grazielle Machado foi até o vereador Elizeu Dionízio para mostrar um texto em um aparelho celular. A mesma mensagem foi explanada para o ex-líder de Nelsinho, vereador Flávio César (PTdoB), e para o ex-vice-líder de Nelsinho e hoje presidente da Câmara, Mário César (PMDB).
O vereador Paulo Siufi (PMDB) também saiu em defesa de Nelsinho, dizendo que era preciso verificar se havia remédios em outros laboratórios. Ele observou que nem sempre o mais barato é o melhor e que é preciso analisar o caso para que não se faça pré-julgamentos. “Pode manchar a reputação de pessoas sérias e que trabalham de forma transparente”, opinou.
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