Saída de Puccinelli não resolverá vida de Simone e Nelsinho no PMDB

A vice-governadora Simone Tebet (PMDB) e o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) terão trabalho para convencer o PMDB de apoiar o nome deles para a disputa em 2014. Nelsinho deseja a vaga para o Governo do Estado e, a princípio, não tem concorrente direto. Ele só precisará convencer o governador, que insiste em colocar Simone na […]

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A vice-governadora Simone Tebet (PMDB) e o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) terão trabalho para convencer o PMDB de apoiar o nome deles para a disputa em 2014. Nelsinho deseja a vaga para o Governo do Estado e, a princípio, não tem concorrente direto. Ele só precisará convencer o governador, que insiste em colocar Simone na disputa do Governo. Já o caminho de Simone é mais difícil. Além de convencer Puccinelli a deixá-la concorrer ao Senado Federal, Simone terá que enfrentar outros interessados na vaga.

Dois deputados federais do PMDB já revelaram interesse no Senado: Edson Giroto (PMDB), que foi descartado por Puccinelli, avaliando que a candidatura dele é conversa fiada, e Geraldo Resende (PDMB), disposto a brigar pela vaga para ser representante da Grande Dourados no Senado.

Geraldo lembra que em 2010, Murilo Zauith (PSB) teve uma votação expressiva e quase ganhou a vaga hoje ocupada por Waldemir Moka (PMDB), o que demonstra o desejo da Grande Dourados de ter um representante. O deputado está disposto a lutar pela vaga, mas avalia que tudo ainda está pré-maturo, inclusive a desistência ou não de Puccinelli.

Embora diga que prefere cuidar dos netos, Puccinelli não consegue convencer que o discurso é verdadeiro. Geraldo Resende acredita que as declarações de Puccinelli de que gostaria de se aposentar podem ser feitas para aferir se a população quer ou não que ele seja candidato. O deputado avalia que há no PMDB e na população um desejo de que Puccinelli dispute o Senado.

Simone e Nelsinho também têm adversários como concorrentes. Lideranças como Geraldo Resende e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos (PMDB), defendem alianças com outros partidos. Jerson quer o PMDB apoiando o PT. Já Geraldo prefere aliança com Reinaldo Azambuja (PSDB) ou Murilo Zauith. Também há quem diga que Puccinelli teria interesse de emplacar uma aliança entre PT e PMDB para tentar ganhar força para disputar a Prefeitura de Campo Grande contra Alcides Bernal (PP) em 2016.

O presidente estadual do PMDB, Junior Mochi (PMDB), explica que o partido começa a discutir nesta segunda-feira (25) os rumos do partido. O encontro será o primeiro de vários que o presidente pretende fazer para fortalecer o PMDB. “Começamos a mexer a receita amanhã. Podemos fazer até 20 reuniões para que possa estabelecer o consenso e quando chegar à decisão, já seja pelo desejo da maioria”.

O presidente do PMDB prefere se esquivar de definições sobre o futuro. Questionado se a saída de Puccinelli do cenário já definiria, automaticamente, Simone e Nelsinho como candidatos, Mochi diz que ainda é cedo para fazer definições, mas acaba entregando que a decisão será tomada pela maioria do PMDB, mas também pela população. Desta maneira, o deputado admite que o partido recorrerá a pesquisas, que ele avalia não ser suficiente para uma decisão, mas para orientar o partido.

“Amanhã vamos fechar o plano de ação do que vamos fazer no semestre. Não tem nada pronto. Vamos amadurecer. Cada um coloca os seus desejos e vamos ver ainda. Amadurecer, discutir, conversar. Política é a arte de conversar bastante, olhando cenários. Todos os instrumentos vão ser utilizados. A pesquisa é importante porque mostra a realidade momentânea, mas não que é o canal pra decisão. Ela orienta”, concluiu.

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