Precisando de 10 votos para escapar da cassação, Bernal continua com apenas sete na Câmara
Se depender de força política, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), dificilmente conseguirá escapar da cassação na Câmara de Campo Grande. Desde o começo do mandato, o prefeito não conseguiu ampliar a base de sustentação e ainda perdeu o pouco que tinha, o que acabou culminando em derrotas significativas. Avisado, o prefeito não […]
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Se depender de força política, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), dificilmente conseguirá escapar da cassação na Câmara de Campo Grande. Desde o começo do mandato, o prefeito não conseguiu ampliar a base de sustentação e ainda perdeu o pouco que tinha, o que acabou culminando em derrotas significativas.
Avisado, o prefeito não se importou com os conselhos dos aliados e preferiu declarar guerra à Câmara, sofrendo as consequências. Ele precisava de apenas 10 dos 29 votos na Câmara para derrubar a Comissão Processante, que pode cassá-lo, mas não conseguiu, e agora corre risco bem grande de sair antes de completar um ano de trabalho.
Além da briga, Bernal teimou com aliados e assumiu o risco de resolver sozinho as questões políticas, sem ajuda de um secretário de Governo. Ele só resolveu indicar Pedro Chaves recentemente, quando o PT deu um ultimato. Todavia, Chaves encontra resistência dos partidos, que não querem se aliar agora, quando ele corre risco de ser cassado, seja via Ministério Público Estadual (MPE), que também solicitou o afastamento, ou via Câmara.
A confusão criada por Bernal nos 10 primeiros meses foi grande a ponto de apenas o PT e PPS aceitarem participar de um conselho político para ajudá-lo. Se já é difícil criar um conselho político, Chaves sofre ainda mais para conseguir base de sustentação para Bernal, que atualmente tem apenas sete vereadores o apoiando.
Apesar do risco, o prefeito continua sem contato com os partidos políticos. No fim de semana ele permaneceu inerte, sem nenhuma tentativa de ampliar a base de sustentação. “Não me procurou e também não vou procurar. Como ele não deu a resposta, a resposta foi dada. Vamos manter o partido como está, independente. Se provar que é inocente, automaticamente, vamos ficar com ele. Agora, se for culpado, não merece ficar continuar como prefeito”, declarou o presidente do PTB, Ivan Louzada.
A vereadora Juliana Zorzo (PSC), do mesmo partido do secretário de Governo de Bernal, Pedro Chaves, também disse que não foi procurada. “Não fui procurada e nem a presidência do partido. Não teve nenhuma conversa e continua a mesma coisa”, garantiu. O prefeito também não conversou com o PDT e nem com o PSDB. “Não tivemos reunião nenhuma. Está tudo do mesmo jeito. O final de semana foi tranquilo”, declarou o presidente do PSDB, Márcio Monteiro.
A situação de Bernal é ainda mais complicada se levar em conta que ele ainda não conseguiu reconquistar nem os antigos aliados, Rose Modesto (PSDB) e Waldecy Chocolate (PP). “Estamos daquele jeito ainda. Não ligou para mim e nem eu para ele. Estou na minha, abandonado. Só não pelo povo, que está comigo. Estou trabalhando e esperando uma mudança”, declarou Chocolate, que é do mesmo partido de Bernal.
Atualmente o prefeito tem na base de sustentação os vereadores Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT, Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e Gilmar da Cruz (PRB). João Rocha (PSDB) também costuma votar com o prefeito, mas alega independência na Câmara.
Se a Comissão Processante acatar o pedido de afastamento solicitado por Raimundo Nonato e Luiz Pedro Guimarães, Bernal pode voltar a precisar dos vereadores já nesta terça-feira (19). Se a Câmara definir pelo afastamento, o pedido vai à votação no plenário, onde Bernal precisará de 10 votos para não sair já na quarta-feira.
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