Para deputados, PMDB só tem espaço como vice em alianças com PT e PSDB
PMDB tem dificuldade para conquistar partidos com maior representatividade. Eles até falam em compor, mas querem o partido como vice e não como cabeça de chapa.
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PMDB tem dificuldade para conquistar partidos com maior representatividade. Eles até falam em compor, mas querem o partido como vice e não como cabeça de chapa.
O ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) vão ter que brigar muito para conseguir emplacar candidatura para sucessão de André Puccinelli (PMDB). O desafio de Nelsinho é convencer Puccinelli de que o nome dele é competitivo. Já Simone tem uma missão ainda mais difícil, a de convencer Puccinelli a se aposentar para que ela concorra ao Senado.
As missões já são difíceis por si só, mas a situação fica ainda pior porque o PMDB tem dificuldade para conquistar partidos com maior representatividade. Eles até falam em compor, mas querem o partido como vice e não como cabeça de chapa.
O presidente estadual do PSDB, deputado Márcio Monteiro, é um dos que pretende lutar para manter aliança com o PMDB e ter o partido como vice em uma composição. Ele lembra que embora os partidos tenham ido para lados opostos em Campo Grande, na Assembleia a parceria ainda continua.
“O PSDB tem um projeto e quer contar com aliados que sempre fizeram parte do arco de alianças. O PMDB é bem vindo neste processo. Sempre fomos parceiros. Só servimos se não for para majoritária?”, questionou. “O governador André é generoso e tem o entendimento disso”, acrescentou.
Márcio Monteiro prevê um diálogo franco com o PMDB para composição de aliança em 2014. Ele lembra que também há conversas com o PT, mas avalia que o diálogo não é tão intenso quanto com os peemedebistas.
O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), é um dos entusiastas da aliança entre o PT e o PMDB. Jerson gostaria de uma dobradinha entre os dois partidos, com Delcídio Amaral (PT) para governador e Puccinelli no Senado. Ele prevê que a aliança pode, inclusive, fazer os petistas diminuírem as críticas a Puccinelli no último ano de administração
Entre os petistas a aliança já não é vista com dificuldade como há alguns anos, nas famosas brigas entre Zeca do PT e André Puccinelli. O deputado Pedro Kemp (PT) entende que é mais fácil o PT se aliar ao PMDB do que ao PSDB em Mato Grosso do Sul. Para justificar a análise, Kemp ressalta que PMDB e PT têm o mesmo propósito: o de reeleger a presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar de entender que a aliança é possível, Kemp considera que ainda é cedo para falar em aliança, principalmente porque na avaliação dele, Delcídio é um candidato forte e com grande vantagem na disputa.
O deputado Cabo Almi (PT) também acredita em uma aliança entre o PT e o PMDB por conta da afinidade nacional, que recentemente elegeu Renan Calheiros (PMDB) para presidência do Senado. O deputado acredita que a rivalidade histórica entre as duas siglas no Estado está se acabando com o tempo. “Aqui a rejeição vai aos poucos se desmontando. Não tenho restrição nenhuma. Não tem porque não ter alinhamento”, avaliou.
Cabo Almi concorda com Jerson que uma aliança poderia diminuir a oposição do PT a Puccinelli. Porém, acredita que a aliança pode fazer surgir uma nova oposição na Casa, formada por PPS, DEM e PSDB.
Pensamento diferente
O deputado Amarildo Cruz (PT) discorda dos colegas de partido e, embora entenda que tudo é possível, acha como pouco provável a aliança entre PMDB e PT. “É possível, mas pouco provável. O PT pode construir com outros aliados. Não tem só o PMDB como opção. Há uma dificuldade histórica natural e podemos discutir outros caminhos”, avaliou.
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