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Política

Em crise com a Câmara, Bernal reúne aliados e recebe críticas a postura como prefeito

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), recebeu no gabinete nove vereadores aliados a ele na Câmara para tentar “acertar os ponteiros”. A reunião aconteceu depois que a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara foi ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPE) para entregar um relatório que pode, […]
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O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), recebeu no gabinete nove vereadores aliados a ele na Câmara para tentar “acertar os ponteiros”. A reunião aconteceu depois que a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara foi ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPE) para entregar um relatório que pode, dependendo do parecer, iniciar um processo de cassação do mandato do prefeito.

Durante a reunião Bernal mais ouviu do que falou, recebendo reclamações dos aliados quanto a estratégia seguida nos últimos dias. Os vereadores usaram como exemplo o projeto de reajuste dos servidores para mostrar o erro do prefeito no encaminhamento dos trabalhos. O vereador Zeca do PT explicou que o projeto do reajuste dos servidores é uma prova do erro, visto que o prefeito enviou um projeto muito bom, de 18% de reajuste, e acabou deixando o mérito para 20 vereadores da oposição.

“O Bernal tem que ter a relação de fato de bancada, que se reúne, define estratégia. Ele ouviu bastante. Tem que ter outra postura, reconhecer que errou, como errou na negociação do salário com os professores”, explicou.

Zeca refere-se ao pacote de reajuste de Bernal que recebeu quatro emendas da oposição, reajustando em até 7,5% o salário de alguns profissionais, além de incluir percentual de insalubridade e aumento de vantagens pessoais de algumas categorias. O prefeito chegou a vetar as emendas, mas os vereadores já anunciaram que vão derrubar o veto.

Zeca saiu otimista da reunião porque sentiu um gesto de humildade do prefeito ao convocá-los para ouvir a opinião sobre tudo o que aconteceu nos últimos dias. “Conversamos sobre tudo. Ele mostrou a preocupação com um grande esquema de cassação institucional que estão tentando fazer. Preocupa muito e cheira a golpe paraguaio do Lugo (Ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo). Tem que começar a mobilizar a opinião publica”, sugeriu Zeca.

O petista vai convocar a bancada a se mobilizar contra o que ele chama de golpe. Ele pretende chamar os movimentos sociais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e até o (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) para protestar. “Temos que denunciar um golpe que está sendo tramado. Foi eleito pela vontade popular. Que história é essa do PMDB tramar do jeito que está tramando”, protestou Zeca.

A reunião contou com a presença de Zeca, Alex do PT, Ayrton do PT, Rose Modesto (PSDB), João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (MD), Gilmar da Cruz (PRB), Waldecy Chocolate (PP) e Cazuza (PP). Durante o encontro o prefeito não entrou em detalhes, mas disse aos aliados que está conversando com outros parlamentares para tentar ampliar a base de sustentação na Câmara.

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