Câmara vive clima de mistério na véspera da votação que pode decidir futuro de Bernal

Na véspera do chamado “Dia D”, quando a Câmara decide se abre ou não comissão processante para cassar Alcides Bernal (PP), o clima é de mistério, com incertezas do lado da oposição e da base do prefeito. A dúvida está nas controvérsias entre o que é dito pelo dois lados. O vereador Chiquinho Telles (PSD), […]

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Na véspera do chamado “Dia D”, quando a Câmara decide se abre ou não comissão processante para cassar Alcides Bernal (PP), o clima é de mistério, com incertezas do lado da oposição e da base do prefeito. A dúvida está nas controvérsias entre o que é dito pelo dois lados. O vereador Chiquinho Telles (PSD), que pertence aos vereadores da oposição, fala em 24 votos, o que seria uma derrota expressiva para o prefeito, que precisa de apenas 10 dos 29 vereadores para derrubar a investigação das denúncias feitas pela CPI do Calote. Já o vereador Alex do PT está confiante nos 10 vereadores da base.

A certeza de Alex está na reunião feita na quarta-feira, quando nove vereadores da base, com exceção de Edson Shimabukuro (PTB), que estava viajando, se encontraram no gabinete do vereador João Rocha (PSDB). O líder do prefeito afirma que a base não foi desfeita e estará unida contra a abertura da comissão, considerada por ele desnecessária e armada por quem tenta criar um clima de fim do mundo.

A reportagem apurou que não foi só a base que fez reunião para tentar mostrar união. No fim de semana, vários vereadores se encontraram para definir se abrem ou não a comissão processante e, segundo um vereador que preferiu não se identificar, ficou definido que a Câmara vai abrir a comissão com voto de dois “aliados” do prefeito, que vão votar a favor da investigação.

A reunião foi feita em sigilo absoluto e muitos que foram citados como participes negaram. O presidente da Câmara de Campo Grande acredita que o bom senso vai prevalecer e os vereadores serão favoráveis a abertura da comissão processante. “Até no sentido da ampla defesa. Alguma coisa contrária é porque outras coisas estão acontecendo, que eu não sei o que é”, avaliou.

O presidente da CPI do Calote, vereador Paulo Siufi (PMDB), entende que não tem porque não abrir a comissão. Ele avalia que qualquer posicionamento contrário seria muito suspeito por parte da administração. “Quem vai votar contra quer esconder alguma coisa. É ruim para a democracia e para Campo Grande. As pessoas que vão votar contra terão que explicar o porquê. Já disse que o prefeito teria que agradecer de ter a oportunidade de se defender e esclarecer tudo”, analisou.

O vereador Alceu Bueno (PSL) tem quase que 100% de certeza que a comissão será aberta. Ele conta que a maioria dos vereadores tem a consciência de que as denúncias são fortes e precisam de investigação. “Abrir a comissão não quer dizer que vai cassar o prefeito. Se vai cassar ou não, lá na frente é que vai decidir, até porque a comissão é formada por meio de sorteio e pode ter uma maioria de vereadores da base lá”, detalhou.

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