Afirmando ter 18 votos, oposição precisa de apenas dois se decidir cassar Bernal

Os próximos dias serão decisivos na batalha entre o prefeito Alcides Bernal (PP) e a oposição na Câmara de Campo Grande. O fato de o prefeito ter faltado à oitiva na Comissão Processante deu um gás a mais na oposição, que agora acredita ter comprovado que Bernal fugiu porque não conseguiria se explicar, no famoso: “contra fatos não há argumentos”, como declarou Chiquinho Telles (PSD).

Para conseguir se salvar no voto, já que faltou às oitivas, Bernal precisa de 10 dos 29 vereadores. Mas, até o momento, só tem o apoio de seis: Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT, Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e Gilmar da Cruz (PRB). Além do sexteto, o prefeito ainda espera contar com o apoio de Dr. Jamal (PR), que indicou a responsável pelo IMPCG, e do vereador Edson Shimabukuro (PTB), que aguarda nomeação de filiados ao PTB para poder se declarar da base.

Ciente da queda de braço que enfrentará contra a máquina que Bernal tem nas mãos, com vários cargos vagos, a oposição também tenta se armar e garante que a situação é parecida, já que também precisa de dois votos para cassar o mandato, caso se comprove as irregularidades.

Apesar de dizer acreditar que o prefeito tenha apenas cinco votos, o presidente da Câmara atua com cautela, ressalvando que o fato de o prefeito ter apenas cinco votos não significa que a oposição tenha 24. “Cada um está tentando resolver o seu problema. Eu posso confiar que temos 18 e tem outros cinco que estão flutuando”, justificou, sem citar os 18 que estão na oposição e os cinco que estão livres.

O julgamento de Bernal deve acontecer até o dia 30 de dezembro. A Câmara convocará uma sessão de julgamento para decidir, baseado no parecer da Comissão Processante, se o prefeito é culpado ou inocente. Cada vereador terá 15 minutos para se pronunciar. Já o prefeito terá duas horas para se defender. Após a defesa, cada vereador vota nominalmente. Bernal precisa de 10 para derrubar a comissão e seguir com o mandato.