Vídeo contra Bernal coloca em pé-de-guerra oposição e governistas na Assembleia

A sessão da Assembleia Legislativa, que ultimamente anda pra lá de morna, esquentou nesta terça-feira (23). Isso porque os deputados governistas aproveitaram a ausência do deputado Alcides Bernal (PP) para atacá-lo por conta do vídeo onde o candidato aparece, supostamente, recebendo R$ 200 mil para campanha.

Os governistas enxergaram no vídeo a oportunidade de arranhar a imagem de Bernal, visto que o candidato da oposição lidera as pesquisas a poucos dias do segundo turno. O circo armado fez a sessão terminar bem depois do meio-dia, fato raro em tempos onde projetos estão sendo deixados de lado para dar espaço a discussões políticas.

A opinião de Marquinhos foi compartilhada por Antônio Carlos Arroyo (PR) e pelo líder do governo, Junior Mochi (PMDB). Para o Mochi, o vídeo pode definir na cabeça do eleitor o candidato a ser escolhido.

Em defesa de Bernal, o deputado Onevan de Matos (PSDB) considerou o vídeo muito infantil e disse que uma criança não tomaria tal atitude. “Quem passa R$ 200 mil em frente de tantas pessoas assim. Quem pratica uma natureza desta faria num lugar público e por baixo da mesa?”, questionou.

O deputado Pedro Kemp (PT) também saiu em defesa de Bernal e disse que os governistas estão repetindo as mesmas práticas reprovadas pela população. O deputado pediu para que os colegas não se assustem caso o candidato de oposição tenha 70% dos votos.

Kemp declarou que não teria estrutura emocional para aguentar tantas perseguições sofridas por Bernal, que inclui panfleto sem assinatura, vídeo e até jornais nas portas de igrejas católicas, dizendo que ele vai trocar o nome até da praça do Papa.

“Ninguém acredita mais nessas baboseiras e as pessoas insistem nelas. Deixa o povo se manifestar soberanamente. Acho que o Bernal tomou um banho de sal. Lançam panfletos e ele sobe nas pesquisas. O recado das urnas mostra que o povo se cansou e quer mudança”, concluiu.

O deputado Alcides Bernal disse ao Midiamax nesta terça-feira (23) que o vídeo é uma armação grotesca e com “impressões digitais” dos interessados em prejudicá-lo. Com a prova em mãos, Bernal promete procurar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral para exigir a punição do autor da “montagem” e direito de resposta nos órgãos de comunicação que reproduziram a gravação.