O governador (PMDB) se mostrou espantado com o resultado da eleição em Campo Grande, principalmente com o número expressivo de votos de Reinaldo Azambuja (PSDB), que teve 25,90% dos votos, ficando bem próximo de Edson Giroto, candidato do PMDB, que teve 27,99% dos votos válidos. O mais votado em Campo Grande foi Alcides Bernal (PP), com 40,18% dos votos. 

O governador parabenizou o PSDB  pela votação e analisou que os indecisos acabaram optando por Reinaldo Azambuja.  “Não esperava um crescimento tão grande”, disse Puccinelli, explicando que agora no segundo turno os candidatos terão que se aprofundar em propostas, olhando no olho do telespectador e falando o que pensa e o que vai fazer. 

Puccinelli espera que o PSDB aceite a aliança com o PMDB. Ele fez questão de lembrar que o partido continua com o PMDB no Governo do Estado e que tanto o PSDB, quanto o PPS, foram éticos ao deixar os cargos quando decidiram lançar candidatura. 

Puccinelli não acredita que os votos de Reinaldo são de oposição ao PMDB, mas sim de quem escolheu Azambuja por ele ser um bom elemento. Sobre as críticas do PSDB, Puccinelli acredita que o partido falou o que pode e deve ser melhorado, sem ataques pessoais. 

Edson Giroto declarou que no segundo turno a população vai poder decidir entre “quem fala bonito, mas não tem nenhuma  atuação e quem fez algo por Campo Grande”.  Giroto fez questão de dizer que Azambuja sempre foi companheiro  e que nunca fez ataques pessoais ao PSDB, demonstrando apenas o descontentamento com a administração. Giroto também lembrou que o PMDB tem uma aliança nacional com o PT e gostaria de ter o partido junto no segundo turno. 

O candidato a vice de Giroto, Dagoberto Nogueira, também se mostrou surpreendido com o resultado e disse que no segundo turno a coligação terá que ficar mais atenta para tentar conseguir os votos de Azambuja, que considera “ um voto mais responsável”.