Pressionado, Esacheu cede e Mochi será novo presidente do PMDB estadual
O deputado Júnior Mochi será o novo presidente do PMDB/MS. A decisão foi tomada a partir de uma composição de chapa, em reunião feita na tarde desta terça-feira (11), no diretório do partido. O ex-presidente Esacheu Nascimento será o vice-presidente do partido. De acordo com Mochi, foi preciso abrir espaço a alguns companheiros que o […]
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O deputado Júnior Mochi será o novo presidente do PMDB/MS. A decisão foi tomada a partir de uma composição de chapa, em reunião feita na tarde desta terça-feira (11), no diretório do partido. O ex-presidente Esacheu Nascimento será o vice-presidente do partido.
De acordo com Mochi, foi preciso abrir espaço a alguns companheiros que o antigo presidente do partido achou importante para a nova diretoria, realizando algumas acomodações.
O governador André Puccinelli e o ex-governador Wilson Barbosa Martins deram aval para o acordo. Como está em Brasília, Gilton Almeida foi o interlocutor de Esacheu.
Na manhã desta quarta-feira (12), o agora vice-presidente Esacheu Nascimento entrou em contato com a reportagem do Midiamax. Ele explicou que liderou o processo e conseguiu proporcionar o que a maioria do partido queria.
“Realizamos o desejo da maioria do partido que desejava a troca do presidente, mas que fosse dada continuidade ao trabalho.”.
Negociações
Na última sexta-feira (7), a reunião PMDB terminou sem consenso. Mochi não aceitava ser vice de Esacheu, que por sua vez afirma que tinha o direito de disputar a reeleição.
Ao final da reunião Mochi até tentou ser democrático, adotando o discurso de que o partido busca um sentimento de unidade e que vai tentar todas as possibilidades de consenso. Porém, o discurso acabou quando Mochi foi questionado se aceitaria ser vice de Esacheu. “Não. Não somos candidatos de nós mesmos. Tem todo um grupo e a decisão é coletiva”.
A disputa pelo diretório estadual levanta uma crise que persegue o partido desde que Edson Giroto (PMDB) não emplacou em Campo Grande. Boa parte dos filiados não engoliram o fato do governador André Puccinelli (PMDB) ter forçado a candidatura do amigo e nem participaram da campanha, apoiando, em alguns casos, adversários do PMDB.
Soma-se a derrota em Campo Grande o fato de Puccinelli ter atendido a posições pessoais e indo contra o partido em alguns municípios. Em Ponta Porã o diretório chegou a pedir a expulsão de Puccinelli depois que ele, contrariando o que havia sido definido em campanha, pediu votos para o candidato do PSDB no horário eleitoral. Rachado, o PMDB divide-se entre os que preferem Junior Mochi, que atenderia as vontades dos mandatários, e Esacheu, que luta para escolhas mais democráticas, respeitando a vontade dos militantes.
A rejeição a Esacheu começou depois que ele fez uma avaliação de que o partido errou no processo de escolha do candidato em Campo Grande e que o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) saiu enfraquecido da disputa, já que foi o coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB). A derrota, na avaliação de Esacheu, torna a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) a candidata natural do partido ao Governo do Estado.
Nelsinho não gostou das declarações e ameaçou abandonar o partido se não fosse o escolhido. Além disso, lançou a campanha contra o atual presidente, dizendo que uma reeleição de Esacheu significaria que o PMDB não o queria mais. As ameaças de Nelsinho provocaram uma resposta de Simone. A vice-governadora declarou que não brigaria por cargos e rebateu Nelsinho, dizendo que era peemedebista e não abandonaria o partido se não fosse escolhida.
O prefeito ganhou o apoio do senador Waldemir Moka (PMDB), do deputado Carlos Marun e do irmão, Fábio Trad (PMDB), na defesa de uma oxigenação no partido. O pedido de oxigenação, por sua vez, não agradou Esacheu, que prontamente rebateu, avaliando que “as pessoas que falam em oxigenação estão expelindo gás metano”.
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