Presidente do PMDB diz que há cargos de sobra e Puccinelli não o fará desistir
Esacheu espera um consenso dentro do partido, mas que esta paz chegue com a indicação do nome dele para o comando.
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Esacheu espera um consenso dentro do partido, mas que esta paz chegue com a indicação do nome dele para o comando.
O presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, segue firme no desejo de se reeleger no comando do partido em Mato Grosso do Sul. Na tarde desta segunda-feira (3) ele chegou a iniciar uma conversa com o governador André Puccinelli (PMDB), que tenta fazê-lo desistir da disputa. Porém, ainda não conseguiram chegar a um entendimento.
O presidente espera um consenso dentro do partido, mas que esta paz chegue com a indicação do nome dele para o comando. “Espero que tenha e chegue ao consenso, respeitando meu direito de continuar à frente do diretório. Tem cargo demais. São mais de 100. Quem quiser trabalhar, está faltando gente”.
Esacheu afirma que é “muito pouco provável” que desista da disputa. Ele avalia que Puccinelli teria que dizer o porquê dele não servir para o posto. “Não sou contra ninguém, mas a favor do partido. Não é um projeto pessoal, mas coletivo. Não posso virar as costas para companheiros que pedem para eu continuar. Vai assumir outro pra que? O Mochi (deputado estadual Junior Mochi) é o primeiro vice, faz parte”.
Diferente do que Puccinelli afirma, que não há nomes para a composição do adversário, Esacheu garante que a chapa dele está montada e com vários nomes. “Não que eu queira confrontar. Eu me acho no direito da indicação para mais um mandato”, concluiu.
Puccinelli convocou Esacheu, Junior Mochi e Carlos Marun para uma conversa na tarde desta segunda-feira. Porém, não conseguiram finalizar por conta de outros compromissos do governador. Ao convocar Esacheu, fazendo a ligação na frente da imprensa, Puccinelli explicou que é preciso consenso e chegou a dizer que se não “intransigir”, Esacheu pode ser o presidente na chapa única.
A cúpula do PMDB prefere Junior Mochi na presidência. As lideranças ficaram irritadas com Esacheu depois que ele fez uma avaliação de que o partido errou na escolha do candidato em Campo Grande e que o prefeito Nelsinho Trad saiu enfraquecido da disputa, já que foi o coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB). A derrota, na avaliação de Esacheu, tornava a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) a candidata natural do partido ao Governo do Estado.
Irritado com as declarações, Nelsinho ameaçou abandonar o partido se não fosse o escolhido e lançou a campanha contra o atual presidente, dizendo que uma reeleição dele significaria que o PMDB não o queria mais. As ameaças de Nelsinho desagradaram Simone. A vice-governadora declarou que não brigaria por cargos e rebateu Nelsinho, dizendo que era peemedebista e não abandonaria o partido se não fosse escolhida.
Nelsinho ganhou o apoio do senador Waldemir Moka (PMDB), do deputado Carlos Marun (PMDB) e do irmão, Fábio Trad (PMDB), na defesa de uma oxigenação no partido. O pedido de oxigenação não agradou Esacheu, que prontamente rebateu, avaliando que “as pessoas que falam em oxigenação estão expelindo gás metano”. Esacheu defende um partido onde todos sejam donos e com decisões coletivas.
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