PMDB pode pagar alto preço por indicação de Dagoberto a vice, alerta Siufi

O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), ratificou a ameaça de não entrar na campanha do pré-candidato a prefeito, deputado federal Edson Giroto, caso o presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, seja oficializado na vaga de vice da chapa encabeçada pelo PMDB. “Vamos esperar o desenrolar dos fatos, o que eu disse eu não […]

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O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), ratificou a ameaça de não entrar na campanha do pré-candidato a prefeito, deputado federal Edson Giroto, caso o presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, seja oficializado na vaga de vice da chapa encabeçada pelo PMDB. “Vamos esperar o desenrolar dos fatos, o que eu disse eu não volto atrás”, assegurou.

O parlamentar alertou para uma eventual rejeição da dobradinha entre os dois os ex-rivais. De acordo com Siufi, a aliança poderá refletir negativamente “na pesquisa que está sendo feita e posteriormente nas urnas”. Para o vereador, o PMDB pode pagar “um alto preço” caso mantenha a chapa.

Apesar das críticas, o presidente da Câmara, que chegou a disputar a indicação do PMDB para concorrer a prefeito, afirmou que não irá mais discutir o assunto com o coordenador da campanha de Giroto, prefeito Nelsinho Trad (PMDB), e com governador André Puccinelli (PMDB). “Eu não converso mais com eles sobre isso, a decisão é deles. Foi assim, que seja assim. Eles têm a consciência do que eles estão fazendo”, frisou.

Contudo, o parlamentar reiterou que não entrará na campanha do correligionário caso Dagoberto ocupe a vaga. “Falei e continuo falando: vai ficar muito difícil para mim ir aos bairros pedir voto para um cara que dois anos atrás eu estava falando o que o governador falava [para não votar em Dagoberto, então candidato ao Senado]”, reforçou.

Siufi também considerou “esquisita” a união dos rivais na corrida pela Prefeitura de Campo Grande e voltou a alertar os reflexos da aliança entre Giroto e Dagoberto. “Isso é esquisito. Tanto é que você está vendo quantos partidos estão lançando pessoas ai”, afirmou o vereador, reinterando que não pretende “orientar uma pessoa tão experiente na política como o André Puccinelli”.

Depois do deputado estadual Diogo Tita (PPS) revalar a influência do governador em acordos políticos e em decisões da Assembleia Legislativa, Siufi ratificou que a escolha do vice de Giroto não passará pelos partidos aliados e nem pelo coordenador da campanha do peemedebista. “Não é o Nelsinho quem decide, é o André. O PMDB é um partido grande, mas que tem um líder maior […] Sempre foi assim desde que eu estou no PMDB”, declarou.

O vereador também reforçou que continua com o projeto de comandar a principal prefeitura de Mato Grosso do Sul, mesmo que para isso precise deixar o PMDB. “Se vai ser agora, se vai ser depois, eu não sei. Se tiver que sair do PMDB, eu saio do PMDB. O PMDB é uma casa que me acolheu bem, é um partido que eu gosto, que eu defendo, que eu honro, mas eles também tem que me honrar e também tem que me defender”, destacou.

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