Para garantir apoio do PDT na Capital, PT pode abrir espaço a Dagoberto no governo Dilma

Desde as eleições de 2010, quando abdicou de reeleição praticamente certa a deputado para compor a chapa do ex-governador Zeca do PT como candidato ao Senado Dagoberto é cotado para diretoria da Eletrosul

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Desde as eleições de 2010, quando abdicou de reeleição praticamente certa a deputado para compor a chapa do ex-governador Zeca do PT como candidato ao Senado Dagoberto é cotado para diretoria da Eletrosul

Diante da ameaça de perder o apoio dos pedetistas na corrida pela sucessão da prefeitura da Capital, o PT cogita unir forças em Brasília para viabilizar a nomeação do presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, na direção da Eletrosul.

Desde as eleições de 2010, quando abdicou de reeleição praticamente certa a deputado federal para compor a chapa do ex-governador Zeca do PT como candidato ao Senado Dagoberto é cotado para o cargo. Depois de tanto esperar, ele até desistiu de lutar pela nomeação. Agora, no entanto, os petistas podem entrar em campo para não perder o PDT para o PMDB, em Campo Grande.

“A nossa bancada federal precisa se unir e chamar a ministra-chefe da Casa Civil (Gleisi Hoffmann) e se for possível até a presidente Dilma Rousseff para um conversa séria e deixar claro o risco de o PT perder o apoio do PDT em Mato Grosso do Sul se o Governo Federal não valorizar o Dagoberto, que sempre esteve do nosso lado”, defendeu o deputado estadual Cabo Almi (PT).

Para ele, nesta missão, o senador Delcídio do Amaral (PT) tem papel fundamental. “Ele, como pré-candidato ao Governo do Estado, precisa ser o maestro dessa articulação”, emendou Cabo Almi. O parlamentar acredita que do lado dos deputados federais Vander Loubet (PT) e Antônio Carlos Biffi (PT), Delcídio conseguirá emplacar Dagoberto em cargo de direção na Eletrosul.

“Como presidente regional do PDT, o Dagoberto terá papel decisivo na escolha do rumo do partido na sucessão da prefeitura da Capital”, frisou Cabo Almi. “Também não podemos esquecer da importância do partido no projeto de retomar o comando do Governo do Estado, em 2014”, acrescentou.

O dirigente pedetista, por enquanto, vem dialogando com todos os partidos sobre a sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB). A prioridade, segundo Dagoberto, é lançar candidatura própria. Ele, no entanto, admite abrir mão do projeto caso não viabilize estrutura para bancar uma candidatura competitiva.

“Se a oposição não se unir em torno de uma candidatura única, vou liberar a direção municipal para decidir o rumo do partido na Capital”, avisou Dagoberto. E se depender do presidente municipal da sigla, vereador Paulo Pedra, o PDT trocará o PT para caminhar do lado do PMDB.

Oposição desarrumada

Levando em conta o risco de perder apoio de partidos estratégicos, o deputado estadual Paulo Duarte (PT) classificou a oposição como “desarrumada” na Capital. “Não adianta tapar o sol com a peneira porque é evidente a intenção de alguns partidos migrarem para o lado da situação”, alertou Duarte.

Por conta do risco, o parlamentar até cogita a possibilidade de o PT recuar do projeto de candidatura própria em nome da união da oposição em torno de uma candidatura, como Dagoberto defende. “Neste caso, temos que definir critérios claros para tirar o nome de um candidato”, ponderou.

Por outro lado, o deputado estadual Laerte Tetila (PT) mantém a tese de pulverização da oposição na disputa eleitoral. “É evidente que assim será mais fácil levar a disputa para o segundo turno”, explicou.

Da mesma forma avalia Cabo Almi. “Duas candidaturas pela oposição seria o cenário ideal”, opinou. Para ele, a situação não está tão complicada como Paulo Duarte imagina. “O lado de lá também tá dividido, tem a candidatura do Edson Giroto (PMDB), do Reinaldo Azambuja (PSDB) e do vereador Athayde Nery (PPS)”, observou.

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