Para deputados, enfrentamento de aliados na Capital não deve rachar base de Puccinelli

Depois de décadas de aliança em Campo Grande, PMDB e PSDB devem se enfrentar nas urnas, mas, para parlamentes, o embate não provocará racha na base de sustentação do governador André Puccinelli (PMDB) na Assembleia Legislativa.

Líder do PMDB na Assembleia, o deputado Eduardo Rocha também afastou divisão na base do governador. “Existe uma troca aqui no Estado entre o PMDB e o PSDB: sempre apoiamos o candidato tucano a presidente e o PSDB sempre esteve conosco nas eleições estaduais. Isso não mudar agora”, disse.

Indagado sobre a possibilidade de no calor do debate, os candidatos do PMDB, Edson Giroto, e do PSDB, Reinaldo Azambuja, partirem para a troca de acusações, Rocha afastou ofensas. “O debate será propositivo”, apostou.

O vice-presidente regional do PSDB, deputado Márcio Monteiro, engrossou o discurso. “Eleição municipal é localizada, não altera o cenário político estadual nem nacional”, comentou.

Ameaça tira sono de tucanos

Apesar do pensamento positivo dos parlamentares, Puccinelli sinalizou, recentemente, a possibilidade de pedir os cargos do PSDB no governo. O problema maior não deverá atingir o primeiro-escalão, até porque a única secretária tucana no Executivo é indicação pessoal do governador.

Nos cargos secundários, no entanto, existe ameaça de troca-troca geral, o que vem tirando o sono de alguns tucanos.

Ponderado, o deputado Marquinhos Trad (PMDB) disse que “só o tempo dirá” sobre os reflexos da disputa entre PMDB e PSDB na Capital. “Tem uma mandamento na política: nunca critique seu adversário, pois poderá ter dificuldade, no futuro, em explicar porque ele virou seu aliado”, completou.