Intromissão de Puccinelli ainda irrita peemedebistas do interior do Estado
Na eleição deste ano o governador André Puccinelli (PMDB) irritou muita gente pelo interior do Estado. Antes da eleição ele anunciava que não faria campanha em alguns municípios porque tinha lugar onde mais de um amigo disputava a eleição. Porém, iniciado o processo eleitoral, Puccinelli não resistiu e protagonizou cenas que causaram antipatia em muitos […]
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Na eleição deste ano o governador André Puccinelli (PMDB) irritou muita gente pelo interior do Estado. Antes da eleição ele anunciava que não faria campanha em alguns municípios porque tinha lugar onde mais de um amigo disputava a eleição. Porém, iniciado o processo eleitoral, Puccinelli não resistiu e protagonizou cenas que causaram antipatia em muitos colegas de partido.
Em Ponta Porã a ira foi tão grande que filiados chegaram a pedir a expulsão de Puccinelli do partido depois que o governador, contrariando a decisão do diretório municipal de apoiar Álvaro Soares dos Santos (PR), pediu votos para Hélio Peluffo (PSDB), candidato do prefeito Flávio Kayat (PSDB).
“Pergunta se ele vai dar o lugar dele e apoiar o Dagoberto para o Senado”, declarou o militante Juarez Figueiredo, irritado com um possível golpe para tirar de seu grupo o comando do PMDB em Iguatemi. A declaração de Juarez foi em resposta a constatação de que Puccinelli defendia o PDT em Iguatemi para agradar o antes rival e agora aliado, Dagoberto Nogueira (PDT).
Segundo Juarez, a possível armação ocorreria por repúdio ao grupo que, contrariando Puccinelli, que defendia o candidato do PDT, Lidio Ledesma, apoiou a reeleição do atual prefeito, José Roberto (PSDB).
A eleição acabou em outubro, mas a briga agora é pelo comando dos diretórios municipais. A reunião do PMDB para homologação de chapas dos diretórios foi marcada pela revolta de militantes de Iguatemi. Segundo Juarez, o ex-prefeito Darci Thiele, tem passeado por Iguatemi com um papel dizendo que ganhou a presidência do PMDB municipal, quando na verdade foi derrotado em convenção. Juarez foi a reunião do partido para fazer a homologação, mas não conseguiu, visto que Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Carlos Marun (PMDB), responsáveis pelos pareceres, não foram ao encontro.
Irritado, Juarez ameaçou deixar o partido e não descartou a possibilidade de um golpe para dar o comando ao ex-prefeito, que ele acusa de ter deixado mais de 400 famílias sem comer quando não pagou salários dos servidores públicos. “Se a presidência ficar com ele nós vamos sair do partido”, ameaçou o peemedebista histórico.
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