Depois de 28 anos na presidência da Câmara, PMDB deve perder o cargo

Depois de 28 anos consecutivos na presidência da Câmara Municipal de Campo Grande, o PMDB deve perder o comando do Legislativo. Dos 29 vereadores eleitos, cinco são peemedebistas e três estariam de olho no cargo, mas os representantes dos outros partidos rejeitam a ideia.

Com o apoio do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB) também tentaria emplacar seu nome. O terceiro representante do PMDB a almejar o cargo seria Mário César, atual vice-líder do prefeito na Câmara.

Entre os vereadores eleitos pela oposição, professora Rose Modesto (PSDB) vem ganhando força por transitar bem nos dois lados do poder. Zeca do PT também é cogitado pela sua história e por sair das urnas como o mais votado.

Correm por fora com o argumento de tornar o Legislativo mais independente, os vereadores Dr. Jamal (PR) e Paulo Pedra (PDT). O pedetista, no entanto, adiantou tratar do assunto apenas a partir da segunda quinzena do mês e não confirmou a pretensão.

Rejeição

Os quatro últimos nomes estariam em vantagem diante da rejeição geral à indicação de um peemedebista. “O povo deu o recado nas urnas, quer renovação”, frisou a vereadora Thaís Helena (PT). 

Segundo a petista, o grupo do PMDB deverá aglutinar apenas o apoio dos vereadores eleitos pelo PSD e pelo PTdoB, classificado por alguns como o “peemedebezinho” de Mato Grosso do Sul. Pelos três partidos foram eleitos 11 dos 29 vereadores.

Histórico

O PMDB, conforme vereador que pediu para não ser identificado, está no comando da Câmara de Campo Grande pelo menos desde 1984. A série de administrações teria começado com João Pereira da Silva.

Na sequência, teriam passado pela presidência Matozinho, Antônio Braga (atualmente no PDT), Nelsinho Trad, Youssiff Domingos, Edil Albuquerque e agora Paulo Siufi.