Dagoberto pode ser vítima de armadilha do PMDB, alerta Cabo Almi

Com a possibilidade de o PDT indicar o vice do pré-candidato a prefeito da Capital pelo PMDB, Edson Giroto, o deputado estadual Cabo Almi (PT) alertou o presidente regional da legenda, Dagoberto Nogueira, para que ele não caia em uma armadilha do partido rival.

Segundo o deputado petista, a antecipação do nome de Dagoberto para vice pode fazer com que a imagem dele fique desgastada, como ocorreu em 2008. Na época, os demais partidos aliados e a Câmara Municipal chiaram com a indicação, provocando crise e desmontando o projeto do PDT. 

Para Cabo Almi, caso o PDT não lance candidato próprio nestas eleições, a melhor opção seria formalizar aliança com partidos de oposição.

Panos quentes

Único representante do PDT na Assembleia Legislativa, Felipe Orro utilizou a tribuna da Casa para enviar um comunicado de Dagoberto Nogueira. “Ele me pediu para vir aqui e dizer que ele mantém a sua pré-candidatura, sem entrar em detalhes de alianças”, afirmou.

A declaração de Felipe Orro foi comemorada pelo líder do PT na Assembleia, deputado Pedro Kemp. “Nos encheu de esperança”, enfatizou. O petista aproveitou ainda para defender a pulverização de candidaturas nas eleições da Capital, com o objetivo de levar a disputa para o segundo turno.

Incoerente

Para o deputado estadual Márcio Monteiro (PSDB), a possível aliança entre PMDB e PDT seria incoerente. O parlamentar sustentou sua fala ao relembrar uma ação impetrada por Dagoberto contra o governador André Puccinelli (PMDB), acusando o líder do Executivo estadual de falsidade ideológica.

Pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PP, Alcides Bernal também acredita que o histórico do PDT na Capital poderá pesar no momento de a sigla decidir os rumos do partido nessas eleições.