Bernal apela por eleição limpa e alerta para golpe contra Semy não se repetir

A fim de alertar a população para que uma injustiça não se repita, o candidato a prefeito de Campo Grande, deputado estadual Alcides Bernal (PP), usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (3), para relembrar um fato que ocorreu há seis anos com o ex-deputado estadual Semy Ferraz (PT). Bernal recordou que exatamente na […]

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A fim de alertar a população para que uma injustiça não se repita, o candidato a prefeito de Campo Grande, deputado estadual Alcides Bernal (PP), usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (3), para relembrar um fato que ocorreu há seis anos com o ex-deputado estadual Semy Ferraz (PT).

Bernal recordou que exatamente na última semana das eleições de 2006, em uma sexta-feira, foi armado um esquema que acabou “roubando” o segundo mandato de Semy. “O que aconteceu foi gravíssimo e até hoje clama por justiça. Que a Casa do povo, que é a Assembleia Legislativa cobre o deslinde desse processo judicial, pois a Justiça está demorando pra decidir”.

Além de cobrar a resolução dos fatos contra o ex-deputado, Bernal objetivou com o registro do ocorrido, apontar uma real possibilidade de essa injustiça voltar acontecer. Ele frisou que fatos “baixos” como o sofrido por Semy já aconteceram na campanha deste ano. 

“Já houve acontecimentos como assédio sobre funcionários públicos, gravado aí, onde o governador mesmo pressionava os funcionários, materiais apócrifos, jornais que são distribuídos na cidade toda com matérias mentirosas e que caluniam”,

O candidato acusou também situações que a sua coordenação de campanha tem lidado. “Tem homens armados que circulam, fotografando pessoas que nos auxiliam, nossos voluntários. Tudo isso nos preocupa”, destacou.

De acordo com ele, o alerta na Casa de Leis foi para pedir providências e se prevenir de um eventual ataque como o aquele que foi armado contra Semy. “Faço um alerta para que isso não se repita fazendo mais vítimas uma vez que o nível da campanha tá muito baixo, tá muito rasteiro”, apontou.

Ao ler o registro do processo de Semy que consta o candidato governista, deputado federal Edson Giroto (PMDB) e o governador André Puccinelli (PMDB) como mentores da armação, o progressista afirmou que não quis fazer juízo de valor e que estava apenas realizando o registro de um fato.

“Está completando seis anos que esse fato aconteceu e até hoje não houve uma decisão definitiva, provas desapareceram do processo, os personagens continuam por aí e nós precisamos alertar a população e registrar na casa do povo, que é a Al pedir providências e não permitir que isso se repita”, finalizou.

Golpe eleitoral contra Semy Ferraz

No dia 29 de setembro de 2006, Edmilson Rosa, conhecido como ‘Rosinha’, um assistente não concursado de Edson Giroto na Secretaria Municipal de Serviço e Obras de Campo Grande, na qual o candidato a prefeito pelo PMDB comandou por 10 anos, colocou no carro de Benoal Soares, coordenador de campanha do então deputado estadual Semy Ferraz (PT), notas de R$ 20,00 grampeadas em “santinhos de propaganda”, ao todo foram R$ 740,00. Anexadas às notas estava uma lista com nomes de 37 falsos beneficiados.

No momento seguinte, quando deixava o escritório político de Semy, Benoal foi preso por agentes da Polícia Federal, avisados ‘anonimamente’ da compra de votos ‘plantada’.

A susposta armação aconteceu em 2006, dias antes das eleições e foi amplamente noticiada. O ex-parlamentar se pautava por denunciar e processar o prefeito da época, André Puccinelli, por suposta corrupção, como no caso da doação da área do Papa e da privatização da Águas deCampo Grande, hoje Guariroba, que aguardam julgamento no Superior Tribunal Federal (STF).

A ministra Cármem Lúcia afirmou ao advogado de Semy, Flavio D’Urso, que vai julgar o caso antes do término das eleições.

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