Vereador minimiza investida de suplente que tentou tomar sua vaga na Câmara

O vereador Athayde Nery (PPS), empossado nesta segunda-feira (31) na Câmara de Campo Grande, minimizou as investidas do suplente Luiz Pedro Guimarães (PP) para tomar sua vaga. Segundo o socialista, não havia a menor possibilidade de ocorrer a inversão na nomeação. “A discussão em Brasília ocorreu por causa de infidelidade partidária, aquele caso não guarda relação com […]

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O vereador Athayde Nery (PPS), empossado nesta segunda-feira (31) na Câmara de Campo Grande, minimizou as investidas do suplente Luiz Pedro Guimarães (PP) para tomar sua vaga. Segundo o socialista, não havia a menor possibilidade de ocorrer a inversão na nomeação.

“A discussão em Brasília ocorreu por causa de infidelidade partidária, aquele caso não guarda relação com a situação em Campo Grande”, disse.

Na última sexta-feira (28), Guimarães procurou o presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), para convencê-lo a dar a vaga ao PP por conta de uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) – que garantiu o direito à posse a um suplente de partido, e não ao da coligação. Siufi negou o pedido baseando-se no Código Eleitoral vigente, que manda dar posse ao candidato mais votado da coligação.

“As regras são válidas desde a década de 1940. Aquela decisão (do STF) é precária e contraditória, sendo que nem houve unanimidade entre os ministros do Supremo. Não pode ser vista como verdade”, disparou Nery.

Questionado se tomaria os meios jurídicos junto ao STF para obter a vaga de vereador, Guimarães disse que isso dependia de aval da direção regional do PP, mas o presidente estadual Antônio Cruz concedeu férias aos funcionários do diretório – o que em tese inviabiliza qualquer medida que o suplente venha a pleitear.

Em dezembro passado o partido chegou a protocolar um pedido na Câmara exigindo que a vaga fosse destinada a Guimarães. Mas o departamento jurídico manteve a orientação de dar posse a Nery.

Ao fundo das discussões no meio progressista está a ruptura no comando, já que Guimarães (vice-presidente) acusa Cruz de desviar fundos do partido para uso em sua campanha a deputado federal. As denúncias envolvem notas fiscais supostamente fraudadas e reuniões políticas que nunca aconteceram.

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