Os servidores da categoria reivindicam piso de R$ 1.597,87 para a jornada de trabalho de 20 horas, entre outros benefícios, segundo eles prometidos pelo governador durante o período eleitoral.

Professores do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted), de Ponta Porã, decidiram fazer paralisações com marchas pelo município para “lembrar” o Governador das promessas feitas durante a campanha política.

Na quinta-feira (03), houve uma Assembleia com os professores da rede estadual de ensino, onde ficou decidido que todos os meses irão fazer um dia de paralisação para protestar e realizar marcha pelo centro da cidade. Hoje (04) a reunião acontece com os professores da rede municipal de ensino.

Segundo a presidente do Simted, Denize Silva de Oliveira, em Ponta Porã são cerca de 1500 professores da educação básica sindicalizados. Os servidores da categoria reivindicam piso de R$ 1.597,87 para a jornada de trabalho de 20 horas, entre outros benefícios.

A paralisação visa não só mobilizar os professores, como também a comunidade. “Nosso patrão mesmo é quem paga imposto para uma educação de qualidade”, destaca a presidente. Além disso, é importante mobilizar os outros municípios do Estado, para agregar força à manifestação.

Ainda de acordo com a presidente Denize, os trabalhadores fizeram um acordo durante a campanha com o governador André Puccinelli, que o piso salarial chegaria ao reivindicado.

O Simted apresentou uma proposta de três anos para o reajuste, começando em 2011, porém nesse ano eles apenas tiveram aumento de 6% de inflação no salário, ou seja, nada foi feito em relação ao acordo e o governador já afirmou que esse ano o aumento não acontecerá, mas continua prometendo chegar ao piso salarial até o final de seu mandato.

No próximo dia 11, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) realiza uma Assembleia Geral, em Campo Grande, com todos os sindicatos do Estado para discutirem o assunto.

“Queremos que o governador André Puccinelli cumpra o compromisso que fez com os trabalhadores em Educação durante a campanha eleitoral, mas que desde que assumiu está fugindo”, argumentou.

O piso nacional do Magistério em 2008 era de R$ 950, em 2009 houve reajuste (previsto na lei federal) de acordo com o reajuste do valor custo-aluno e no dia 3 de janeiro último houve novo reajuste, de 21,71%, elevando o valor para R$ 1.597,87, que é o que está sendo pleiteado. “Ao invés disso, hoje estamos recebendo R$ 928, baixo do piso nacional instituído em 2008”, conclui Denize. (Com informações do site Mercosul News)