Para vereador, censura imposta pelo governo ao Midiamax é “muito ruim para a democracia”

O vereador e presidente da Câmara de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB), comentou a reportagem que relata a censura imposta pelo governo do Estado ao Midiamax, por meio do bloqueio de acesso dos servidores públicos ao jornal eletrônico. Ao tomar conhecimento das denúncias, Siufi considerou “muito ruim para a democracia” se os fatos realmente sejam confirmados.

“Se preciso irei me pronunciar publicamente sobre o assunto”, afirmou. Siufi disse não concordar com a forma arbitrária como o caso tem sido supostamente conduzido. “Sou um democrata e sempre lutei para que as opiniões sejam preservadas. Isto [o bloqueio] é inconcebível”, completou o vereador.

Em 2010, quando o servidor tentava visitar a página do Midiamax era redirecionado a uma tela de bloqueio da SGI. A mensagem exibida dizia “página não encontrada”. Agora, ao se repetir o procedimento, o computador exibe uma tela em branco e um “carregando”, sem mostrar conteúdo algum.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) tomou conhecimento das denúncias e enviou uma nota ao governador André Puccinelli (PMDB), a qual transcreve-se a seguir e está disponível no portal da associação:

“É com grande desconforto que a Associação Brasileira de Imprensa se dirige a Vossa Excelência para lamentar e condenar a grave violação da liberdade de informação assegurada pela Constituição da República cometida por seu Governo através da Superintendência de Gestão de Informação, a qual se transformou num organismo que fere também a vedação constitucional à discriminação de qualquer natureza, como a de que é vítima agora o jornal eletrônico Midiamax.

Informações chegadas à ABI dão conta de que seu Governo proíbe que os servidores do Estado de Mato Grosso do Sul tenham acesso ao noticiário do jornal eletrônico Midiamax, enquanto os demais concorrentes desse veículo gozam com justiça da liberdade de informação garantida pela Constituição.

A ABI espera que Vossa Excelência determine a imediata cessação das violências em curso, em respeito ao Estado Democrático de Direito que a Carta Magna de 1988 instituiu. Cordialmente, (a) Maurício Azêdo, Presidente da ABI”.