Julgamento do caso Engecap só terá a presença do autor de denúncia, o ex- deputado Semy Ferraz, e que acompanhou o processo por oito anos

Embora tenham julgamento marcado às 14 horas de hoje, horário de Brasília, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (MS/SP), na capital Paulista, nem o governador Puccinelli, nem o deputado Giroto vão comparecer à sessão. Puccinelli e Giroto são réus no caso Engecap, e respondem por Improbidade Administrativa, com Dano ao Erário.

Hoje à tarde, no horário do julgamento, Puccinelli estará a caminho da Fenasucro (XIX Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira) e a Agrocana, que acontecem no interior paulista, em Sertãozinho.

O deputado Giroto, do PR, se encontrava em Brasília, na Câmara Federal, está em viagem para Campo Grande, segundo informações de seu gabinete.

O julgamento tem previsão de ser o segundo caso de hoje, de uma pauta lotada de outros casos, da Quarta Turma do TRF3º. Informações do Tribunal dão conta de que o julgamento será rápido.

Quem estará acompanhando o julgamento será o ex-deputado Semy Ferraz, autor da denúncia do caso Engecap ao MPF do MS.

Para Semy “o caso tem provas tão evidentes, apuradas pela Controladoria Geral da União e o próprio MPF que, mesmo depois de oito anos, deverá ser feito justiça. Espero que haja punição contra os autores desse ato de corrupção e que, depois, seja feita justiça para corrigir situação em que se encontram os garis, abandonados à própria sorte”.

O uso dos garis Paulo Sobral e Marcos Vinícius como “laranjas” da empresa Engecap não está em julgamento, e sim a Improbidade Administrativa. Os dois apenas ficaram com as altas dívidas do INSS e da Receita Federal, mas nem sequer tem advogado.

A reportagem do Midiamax procurou a família de Paulo Sobral, que ainda reside em campo Grande, mas a informação é a de que ele não quer mais falar do caso, por temor.
Em caso de sentença favorável aos réus, deverá haver recurso para que o caso seja julgado em instâncias superiores.