Corumbá, vice-prefeito deixa PMDB

“O PMDB não participa mais da administração municipal em Corumbá”. Com esta declaração o vice-prefeito Ricardo Eboli anunciou sua saída do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, onde militou por 16 anos. “Já pedi a saída da administração de membros filiados ao PMDB”, completou. A desfiliação, em caráter irrevogável, foi anunciada na tarde desta quarta-feira, 05 […]

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“O PMDB não participa mais da administração municipal em Corumbá”. Com esta declaração o vice-prefeito Ricardo Eboli anunciou sua saída do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, onde militou por 16 anos. “Já pedi a saída da administração de membros filiados ao PMDB”, completou. A desfiliação, em caráter irrevogável, foi anunciada na tarde desta quarta-feira, 05 de outubro, e comunicada no mesmo dia ao Diretório Municipal e à Justiça Eleitoral.

Peemedebista histórico, Ricardo Eboli deixou o partido por divergir dos rumos que a sigla, mesmo aliada ao PT em Corumbá, trilhou na cidade nos últimos dois anos, mantendo uma oposição sistemática e ferrenha à gestão do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira.

“Deixei o PMDB por questões pontuais do próprio PMDB corumbaense, que não entendeu a importância da aliança construída em 2008”, disse o vice-prefeito a este Diário. A desfiliação decreta a já esperada ruptura da aliança PT-PMDB na maior cidade pantaneira. “O prefeito Ruiter e eu iniciamos a aliança entre PT e PMDB no Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

Eboli disse que a aliança entre os dois maiores partidos políticos do Mato Grosso do Sul em Corumbá não foi corretamente compreendida por alguns setores de sua antiga legenda. “Não compreenderam a importância de unir forças na aliança com o PT. Fizemos um trabalho representativo na Prefeitura de Corumbá com a ala que respeitou essa aliança. Minha saída se refere a essa discordância com o PMDB”, afirmou o vice-prefeito. “Não posso concordar com a atitude do PMDB local que não respeitou a aliança que fizemos”, argumentou.

Numa breve referência ao comportamento de setores do PMDB corumbaense, o
vice-prefeito, agora sem partido, afirmou que as críticas são fáceis “para aqueles que não incentivam a capacidade de quem quer construir”. “Criticam a aliança firmada com o PT aqui porque o Eboli é o vice. O Michel Temer da Dilma ninguém critica. Não posso ficar numa situação difícil”, destacou Ricardo Eboli.

Discriminação

Essa diferença no tratamento dispensado ao vice-prefeito foi reconhecida pelo Diretório Estadual ao aceitar a desfiliação de Eboli. “O Diretório Estadual reconhece a existência de discriminação cometida pela direção municipal do PMDB de Corumbá e autoriza a desfiliação por justa causa”, diz a carta assinada pela direção regional peemedebista, aceitando a saída de Ricardo Eboli da legenda. “Não havia clima para continuar no PMDB, alguns de lá estão preocupados em divergir e não convergir em propostas e ideias pelo bem da população de Corumbá”, declarou.

Ricardo Eboli sai sem mágoas do partido, mas lamenta que sua antiga legenda não tenha vislumbrado a importância da aliança. “É uma pena que algumas pessoas no partido não entenderam o significado dessa coligação”, afirmou. “Agora faremos um trabalho institucional aprimorando as ações da administração. Tenho amigos no PMDB de Corumbá, respeito as lideranças estaduais e o governador André Puccinelli e deixo grandes amizades com a vice-governadora Simone Tebet; com o prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad e com o deputado federal Fábio Trad.

Ao Diário, o vice-prefeito antecipou que vai decidir com calma o caminho político que vai seguir. “Vou analisar os convites que tenho”, disse Eboli afirmando que ainda vai definir o novo partido. O prazo para filiação partidária para quem deseja disputar as eleições de 2012 termina amanhã, 07 de outubro.

Ricardo Eboli tem 45 anos, é engenheiro agrônomo e foi secretário estadual de Meio Ambiente do Governo de Wilson Barbosa Martins; diretor administrativo e financeiro da Agrosul; vice-presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente e secretário Municipal de Meio Ambiente de Corumbá na primeira gestão do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira.

 

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