O vereador Loester Nunes (PDT) promete contrariar a provável decisão de seu partido de apoiar o PT nas eleições para o governo do Estado. “Vou apoiar a reeleição do André Puccinelli [PMDB]”, declarou durante entrevista na Câmara dos Vereadores.

O PDT está se organizando para oficializar apoio à candidatura do ex-governador Zeca do PT à chefia do Poder Executivo. Porém, Loester não está disposto a acompanhar seu partido.

Loester que ajudou a fundar o partido no Estado não pretende sair da legenda e diz não temer punições devido ao seu posicionamento na campanha eleitoral.

Os partidos têm mecanismos internos para punir filiados que contrariam as determinações da legenda. Mas, o vereador garante que nem isso o deterá.

Loester era ligado ao grupo do deputado estadual Ary Rigo que deposto da presidência da sigla no ano passado migrou para o PSDB. O vereador permaneceu no partido por temer enfrentar processo por infidelidade partidária.

Hoje, ele destoa com freqüência do grupo de Dagoberto Nogueira que assumiu o comando do partido após derrubarem Rigo. Dagoberto quer ser candidato ao Senado na chapa de Zeca do PT daí ter trabalhado pela intervenção no partido no ano passado.

“Deram um golpe do PDT. Destruíram o partido. Hoje, a sigla nada mais é do que um pedaço do PT”, afirma o vereador.

Na Câmara, Loester protagoniza disputa contra o vereador Paulo Pedra (ligado a Dagoberto) pela liderança do partido na Câmara. Pedra que preside a legenda, em Campo Grande, foi indicado para a função.

Loester ainda está no posto e diz que não vai ceder o espaço para o colega de partido. “Ele não pode querer tudo para ele. Se já é presidente do partido, porque quer também a liderança na Câmara?”, questiona o parlamentar.

Agora, o caso deverá ser arbitrado pelo departamento jurídico da Câmara, segundo o presidente da Casa de Leis, Paulo Siufi (PMDB). Assim que ele receber a documentação que Pedra diz ter o encaminhado para a liderança do partido, acionará o jurídico.