A seção criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul adiou nesta manhã para daqui duas semanas a sessão que vai acatar ou não a denúncia preparada pelo MPE (Ministério Público Estadual) que pediu o afastamento e a prisão do prefeito de Dourados, Ari Artuzi, do PDT, por suposto envolvimento com uma quadrilha que fraudava licitações, desmantelada ano passado durante a operação Owari.

A sessão desta quarta-feira durou menos de meia hora. O relator do caso, o desembargador Claudionor Abss Duarte, votou pela denúncia e mais quatro dos sete desembargadores acompanharam sua interpretação.

Já o quinto vogal, o desembargador Dorival Moreira dos Santos, pediu vistas e, assim, a questão será tratada somente daqui duas quarta-feiras.

Na operação Owari, ao menos 40 pessoas foram detidas, entre os quais vice-prefeitos [Dourados e Ponta Porã], vereadores, um deles o presidente da Câmara dos Vereadores de Dourados, empresários e servidores públicos. As fraudes afetaram as prefeituras de Dourados, Ponta Porã e ainda de município de Paraná.

No pedido do MPE, é solicitada ainda a prisão dos empresários Sizuo e Eduardo Uemura, pai e filho, que seriam o chefe da organização criminosa.

A participação de Ari Artuzi no esquema pode ter sido descoberto por meio de cópias de documentos e ainda da quebra de sigilo telefônico.