Sob risco de ação judicial, PTB tenta referendar aliança com Puccinelli na quarta

O PTB marcou sua convenção estadual para quarta-feira, dia 23. A ideia é referendar a aliança com o governador André Puccinelli (PMDB) que tentará a reeleição e confirmar o lançamento de candidatos a deputado estadual e federal. Porém, há uma ameaça de acionar a Justiça caso o a cúpula do partido não coloque em votação […]

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O PTB marcou sua convenção estadual para quarta-feira, dia 23. A ideia é referendar a aliança com o governador André Puccinelli (PMDB) que tentará a reeleição e confirmar o lançamento de candidatos a deputado estadual e federal. Porém, há uma ameaça de acionar a Justiça caso o a cúpula do partido não coloque em votação a proposta de aliança com Zeca do PT.

Em 9 de maio, a executiva do partido aprovou por 9 votos a 1 a proposta de Puccinelli, rejeitando assim a de Zeca do PT. Na ocasião, filiados simpatizantes do petista protestaram. Chegaram a ameaçar uma desfiliação em massa o que não ocorreu.

Agora, a cúpula do partido pretende levar para a convenção de quarta-feira apenas a proposta de Puccinelli já que a de Zeca foi rejeitada pela executiva. Porém, este fato pode transformar o resultado da convenção em uma briga judicial. “Se ele não colocar a proposta de Zeca em votação, vamos tomar medidas judiciais e políticas”, ameaça o filiado Antônio Trindade.

Segundo ele, o presidente regional da sigla Ivan Louzada, teria assentido com a possibilidade de colocar as duas propostas em votação na convenção. Louzada que hoje acompanha reunião do PTB Nacional em São Paulo nega ter feito tal promessa aos filiados simpatizantes da aliança com o PT.

“De jeito nenhum. A proposta de Zeca foi rejeitada por nove votos a um na reunião da Executiva. Temos que respeitar isso. A única proposta que vai para a convenção é a do André Puccinelli”, explica.

Conforme Louzada, existe apenas uma forma regimental para garantir que a proposta petista entre em votação. “Se eles conseguirem que a proposta receba 30% das assinaturas dos membros do diretório regional e apresentá-la na hora. Aí sim, teremos que colocá-la em votação”, afirma.

Sobre a possibilidade de recurso judicial, Louzada diz que tal ameaça não gera preocupações à executiva. “A Justiça é para ser acionada. Quem ganhar leva e quem perder fica quieto. Estamos preparados para enfrentar isso também”, assegura.

Louzada defende que a escolha pela aliança com Puccinelli foi melhor para o partido. O governador prometeu ajuda estrutural e política para eleger deputados estaduais e federais, além de tratamento de aliado nas eleições de 2012 quando o partido pretende ampliar o número de prefeitos e vereadores.

Já Zeca do PT propôs a vaga de vice e espaço em seu virtual terceiro governo. “Consideramos que a proposta do PT era mais vazia. Além do mais, ele parece bastante indeciso em relação ao vice”, analisa o dirigente do PTB.

Quando da decisão da executiva regional, um grupo de deputados ameaçou uma desfiliação em massa. Porém, hoje tal possibilidade está descartada. Filiados como o presidente da Acrissul, Chico Maia e o empresário Zelito Ribeiro que esteve cotado para disputar o governo pelo partido, não sinalizam mais deixar a legenda.

Porém, nenhum dos dois pretende comparecer à convenção e devem adotar uma postura neutra nas eleições.

Conforme Louzada, na convenção devem votar, cerca de 50 delegados. A ideia é lançar entre 12 e 14 deputados estaduais e de 3 a 5 federais. O evento político ocorrerá das 13 às 17 horas, na sede regional do partido, em Campo Grande, na Rua Rio Grande, 1.782, na Vila Gomes.

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