Candidato à reeleição, governador André Puccinelli (PMDB) reiterou hoje durante convenção do PMDB, em Campo Grande, seu apoio ao presidenciável do PSDB, José Serra. Porém admitiu que fará uma campanha cercado por eleitores da petista Dilma Rousseff. Segundo ele, dos 16 partidos que participarão do seu leque de aliados, quatro apoiarão a candidata do PT.

Puccinelli assegura que não haverá conflitos em seu grupo em razão do apoio de siglas parceiras à candidata adversária a José Serra. “Tem quatro com a candidata do PT, mas tem 12 que votam como eu voto no 45 [número do PSDB]. Eu vou votar Serra”, disse.

Até dentro do próprio PMDB, há lideranças que escolheram caminho diferente de Puccinelli nas eleições presidenciais como o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad e o vice Edil Albuquerque que vão pedir votos para Dilma.

Prefeito e vice argumentam que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ajudou Campo Grande e agora não podem virar as costas para a candidata dele à presidência da República.

Há possibilidade ainda de Dilma ampliar o apoio em Mato Grosso do Sul dentro do PMDB local. Hoje, o deputado federal Geraldo Resende informou que não se definiu sobre as eleições presidenciais. Porém, sinalizou que existe possibilidade de ele tender para a petista.

O parlamentar citou que quando deixou o PPS e enfrentou processo por infidelidade partidária, o presidente nacional do PMDB e da Câmara Federal, deputado Michel Temer o apoiou. Temer foi indicado para candidato a vice-presidente de Dilma.

Além do desejo de expressar gratidão a Temer, Resende cita ainda que o governo federal foi generoso no repasse de verbas com Mato Grosso do Sul. Porém, o deputado não tomará qualquer decisão sem antes conversar com o governador André Puccinelli.