Comando do PMDB investiga compra de votos só se Valter quiser

O presidente regional do PMDB, Esacheu do Nascimento, disse nesta manhã, em Campo Grande, ao oficializar a vitória do deputado federal Waldemir Moka sobre o senador Valter Pereira nas prévias que elegeu o deputado como o candidato ao Senado pelo partido, que a denúncia de compra de votos ocorrida supostamente na disputa realizada neste domingo […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O presidente regional do PMDB, Esacheu do Nascimento, disse nesta manhã, em Campo Grande, ao oficializar a vitória do deputado federal Waldemir Moka sobre o senador Valter Pereira nas prévias que elegeu o deputado como o candidato ao Senado pelo partido, que a denúncia de compra de votos ocorrida supostamente na disputa realizada neste domingo só será investigada se alguém representar sobre a questão. Nem Moka nem Valter Pereira foram à coletiva de imprensa conduzida pelo presidente.

Valter Pereira foi quem se queixou da suposta compra de votos. Ele disse que os simpatizantes de seu adversário estariam dando uma “oncinha [R$ 50,00]” aos interessados em votar em Moka, ontem, num estacionamento em frente à escola Joaquim Murtinho, local das prévias. Embora se mostrando irritado com a suposta fraude, o senador disse que não ia denunciar o caso por se tratar de uma disputa interna e que se fosse reagir ao episódio tomaria uma “atitude política”, sem mencionar qual.

“Essa denúncia não deslustra a legitimidade do pleito. E a comissão de ética do partido pode investigar o caso [suposta compra de voto] se houver uma representação”, disse Nascimento.

O chefe regional do partido disse que Moka não compareceu hoje cedo à sede do partido, onde foi anunciado o resultado oficial das prévias, porque o parlamentar tinha viajado para Brasília, onde cumpriria compromissos. Já Valter Pereira, segundo Nascimento, não foi ao diretório porque ia fazer uma “reflexão” sobre o resultado das prévias.

Antes das prévias, Valter Pereira comunicou a direção regional de seu partido, segundo Esacheu do Nascimento, que não disputaria nenhum mandato se perdesse para Moka nas prévias. “O partido está aberto ao senador, ele é indispensável ao nosso projeto político”, disse Nascimento.

Com as prévias de ontem, Moka será o nome indicado para disputar a vaga ao Senado, na convenção do partido. Ainda que com chance remota, Valter Pereira, mesmo derrotado, também pode disputar ao lado do deputado. Isso seria possível caso o PMDB resolvesse disputar eleição sem alianças partidárias.

Resultado

De acordo com os números oficiais das prévias divulgados nesta manhã, Moka venceu em 66 dos 78 municípios sul-mato-grossenses. O deputado obteve 10.501 votos (69%) contra 4.548 (30%) destinados ao senador. Dos 45 mil filiados peemedebistas 15.213 foram às urnas, um contingente de 33% do total.

Em determinados municípios, a vitória de Moka foi esmagadora: em Campo Grande, por exemplo, ele conquistou 1.583 votos; já seu adversário, 485, o mesmo que afirmar que a cada dez votos computados, sete eram do deputado.

Em Vicentina, pequena cidade do interior do Estado, dos 87 militantes peemedebistas que votaram apenas um cravou sua opção no Senador, que venceu em 12 das 78 cidades do Estado.

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições
lula