O candidato a Senador pelo PSOL, Jorge Batista emitiu um comunicado para a imprensa, onde acusa o candidato ao governo do partido Nei Braga de estar aliado com PMDB no pleito deste ano, que tem como candidato ao Governo André Pucinelli. Inclusive, acusa sua legenda de ter recebido dinheiro da coligação peemedebista para fazer ataques ao PT.

Com o título: Negociata eleitoral – No bolso do PMDB, candidato a governador do PSOL persegue Jorge Batista – o concorrente ao Senado ainda faz acusações contra o presidente do PSOL no Estado, Lucien Resende.

Segundo ele, por não aceitar imposição de sua legenda, passou a ser perseguido politicamente. Em um dos trechos o comunicado traz que “O candidato a governador pelo partido, senhor Nei Braga, mancomunado com o presidente da legenda, Lucien Resende, e com o renunciante candidato a suplente de senador, Ubiraci dos Santos, estão protagonizando o que pode ser considerada a maior negociata eleitoral – descarada – que já se viu no Estado”.

Em outro trecho Jorge Batista afirma que “A direção do partido e o candidato Nei Braga estão no bolso do governador . Prova disto é a forma agressiva com que o candidato do partido age em referência ao candidato do PT e se esquece das mazelas do outro adversário da nossa legenda”.

Jorge Batista denuncia ainda no comunicado que foi chamado para fazer parte do “esquema”, porém se recusou. Segundo ele “foi convidado para bater no Zeca e no Dagoberto {Nogueira, candidato a Senador pela coligação de Zeca}. “Primeiro, o partido impôs um caminhão de obstáculos para que eu registrasse minha candidatura. Agora vem a renúncia do primeiro suplente, sob a desculpa de que é de esquerda e que eu não cumpro os compromissos partidários”. O suplente mencionado é Ubiraci dos Santos.

Jorge Batista denuncia que no dia 26 de agosto deste ano, um motociclista parou em frente a sua casa, no bairro Monte Castelo, e fez fotos do veículo de sua esposa, Etelvina Vitorino Sobrinho, que é candidata a deputada estadual pelo PP. Batista não estava em casa, mas, segundo ele, os vizinhos contaram que o homem etava armado. “Esta perseguição é caso de polícia. Tenho medo deste povo me assassinar. Se eles continuarem, vou pedir proteção da Polícia Federal”, diz.

Outro lado

O Midiamax entrou em contato com Lucien Resende. Ele justificou as acusações dizendo que quem “fechou” acordo político foi Jorge Batista e não o PSOL. “Ele sim traiu o partido. Em todo País nosso partido vem combatendo o PT, mas ele {Jorge Batista} é um dos maiores cabos eleitorais do Delcídio {do Amaral, candidato ao Senado}. E tem mais: a esposa dele é candidata a deputada estadual pelo PP, que está coligado com o PT no Estado, que não apoiamos.

A reportagem também tentou conversar com o candidato Nei Braga, mas ele não atendeu o celular.

Leia na íntegra a nota de Jorge Batista:

NEGOCIATA ELEITORAL

No bolso do PMDB, candidato a governador do PSOL persegue Jorge Batista

O que Heloísa Helena, com seu idealismo político, jamais poderia imaginar, está acontecendo em Mato Grosso do Sul. O candidato a governador pelo partido, senhor Nei Braga, mancomunado com o presidente da legenda, Lucien Resende, e com o renunciante candidato a suplente de senador, Ubarici dos Santos, estão protagonizando o que pode ser considerada a maior negociata eleitoral – descarada – que já se viu no Estado.

O candidato Jorge Batista disse à imprensa, tão logo Ubiraci renunciou à disputa da primeira suplência do Senado, que isto é uma decisão orquestrada no escritório de Lucien. “A direção do partido e o candidato Nei Braga estão no bolso do governador André Puccinelli. Prova disto é a forma agressiva com que o candidato do partido age em referência ao candidato do PT e se esquece das mazelas do outro adversário da nossa legenda”.

Jorge Batista que milita na esquerda política brasileira há mais de três décadas, comenta que os atuais dirigentes do PSOL não passam de oportunistas. Ele chega a admitir que foi “convocado” pela direção do partido para “bater no Zeca e no Dagoberto”. Como não aceitou a missão imposta pelo presidente da legenda, Lucien Resende, passou a ser alvo de perseguição da direção partidária.

“Primeiro, o partido impôs um caminhão de obstáculos para que eu registrasse minha candidatura. Agora vem a renúncia do primeiro suplente, sob a desculpa de que é de esquerda e que eu não cumpro os compromissos partidários”.

Pior, segundo Jorge Batista, é que ele tem prazo até o dia 14 para apresentar um nome para substituir o suplente renunciante e a direção partidária já avisou que vai colocar todos os obstáculos possíveis para que ele não possa cumprir a legislação eleitoral. “Eles estão ou não estão no bolso do André Puccinelli?”, questiona Jorge Batista que aparece nas pesquisas com 3% das intenções de votos, mesmo não tendo conseguido, ainda colocar no ar sua propaganda eleitoral.