Promessa de campanha feita a vários setores produtivos de Mato Grosso do Sul, a redução de impostos não tem data para começar a acontecer no Estado. Hoje, durante entrevista coletiva, na TV Brasil Pantanal, o governador reeleito André Puccinelli (PMDB) insinuou que pode não promover diminuição alguma, se o Estado for atingido por uma nova crise econônico-financeira como ocorreu no ano passado.

O governador disse, por exemplo, que vai “reduzir lentamente” o chamado valor agregado que serve de base para cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de produtos industrializados. O ICMS é a principal fonte de receita do governo, representando cerca de R$ 350 milhões em média por mês.

Questionado sobre quanto tempo levará para que o contribuinte perceba a desoneração de tributos, o governador disse que não era possível mencionar prazos. “Não dá para saber. Se vier outra crise não vai abaixar [impostos]”, mencionou. “Nem mesmo na campanha quando eu queria me eleger não tive receio de dizer que faria a desoneração lentamente”, completou.

Puccinelli afirmou não ter criado nenhum novo imposto cobrado no Estado a não ser o Fecomp (Fundo de Combate à Erradicação da Pobreza) que cobra de produtos supérfluos para financiar programas sociais. “Não criei nenhum imposto. Não aumentei nenhuma alíquota, muito pelo contrário”, defendeu-se.

ICMS do diesel continua igual

O governador descartou reduzir a alíquota de ICMS cobrada sobre o óleo diesel que hoje é de 17%. A diminuição é uma reivindicação antiga Sinpetro (Sindicato dos Postos de Combustíveis) que pede que a alíquota caia para 12%. “Não vai reduzir o ICMS do diesel. Não vou baixar a alíquota do diesel. Quem subiu foi o governador anterior”, respondeu.

Conforme a entidade, a comercialização de diesel vem caindo no Estado. Isso porque os transportadores abastecem seus caminhões em Estados como São Paulo, onde a alíquota é de 12% e conseqüentemente, o produto é mais barato.