Dezenas de agentes de saúde do município em greve desde a terça-feira foram até estão na Câmara de Vereadores, nesta manhã, com a intenção de conseguir apoio dos vereadores para o movimento. O coordenador geral do Franklin Peres, Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública de Campo Grande), levou a gravação da conversa mantida com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) no sábado, decupada, para convencer os vereadores de que o as negociações foram interrompidas pelo chefe do Executivo.

Dos cerca de 2,5 mil agentes, ao menos 600 estão parados, afirma Franklin Peres. Esse grupo é responsável pelo combate ao mosquito aedes Aegypti, o transmissor do vírus da dengue. O prefeito ameaça cortar o ponto dos grevistas e demitir quem estiver em estágio probatório. Disse que só negocia se eles voltarem ao trabalho.

Ontem, os grevistas fizeram uma manifestação em frente da Prefeitura. Os salários dos agentes de saúde gira em torno de R$ 487,00, mais R$ 144,00 por produtividade. Os servidores brigam por um reajuste que varia de 50% a 60% sobre o adicional.

A dengue

Levantamento da secretaria municipal de saúde revela que em janeiro e fevereiro foram registradas 17.529 notificações da dengue, 1.008 das quais confirmadas. Dez pessoas morreram com suspeita de dengue hemorrágica de janeiro para cá, segundo a pesquisa. Ainda de acordo o estudo, a secretaria investiga outros 30 casos de dengue hemorrágica.