“Eu matei minha namorada”, dizia desesperadamente o estudante Ricardo Júnior, ao ver o corpo de Barbara Wsttanny Amorim Moreira, já sem vida. As marcas do acidente que matou a jovem de 21 anos ainda estão na residência localizada na rua 11 de Outubro, no bairro Cabreúva, em .

Uma rua calma, conforme moradores, que relataram nunca terem visto um acidente grave. “Foi uma pancada muito forte, estava assistindo ”, contou Julio Loureiro, 85 anos, que mora há 45 anos na região. Quando o carro bateu contra a residência do idoso, ele logo correu para ajudar. “Foi um susto”, relatou o morador.

Um dos primeiros a chegar no local foi um sargento dos bombeiros. “Peguei meu kit de primeiros-socorros e fui até lá. Ela já estava sem vida e ele desesperado”, contou o sargento. “Ele abraçava o corpo, quando eu disse que não tinha como fazer nada, e ele começou a bater a cabeça na parede, tivemos que contê-lo”, lembra.

“A pancada foi tão forte que parecia ser dentro de casa, foi um desespero. Quando percebeu que ela morreu, ele [Ricardo] dizia ‘eu matei minha namorada’ e gritava desesperado”, contou outra moradora.

No carro de Ricardo França Junior, a polícia encontrou garrafas de cerveja e ele estava embriagado. O rapaz ainda espera decisão judicial para saber se irá responder em liberdade. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) já se manifestou contra a soltura, para manter a ordem social e evitar sensação de impunidade. Ele responde por doloso e embriaguez ao volante.

Acidente

O acidente ocorreu às 20h17 do último sábado (11). As imagens obtidas pelo Jornal Midiamax, através de câmera de vigilância, mostram o Peugeot em alta velocidade pela rua 11 de Outubro, bairro Cabreúva.

Ricardo teria perdido o controle do carro quando passou por uma saliência em um cruzamento. Após, o carro colidiu na parede de uma residência e capotou.

Bárbara estava no banco do passageiro e foi arremessada do carro. Ela teve esmagamento de crânio e morreu no local.

No carro, de acordo com a polícia, foram encontradas quatro garrafas de cerveja 600 ml e uma garrafa fora do veículo.“Ele assumiu o risco ao beber e ao andar em alta velocidade na via, por isso deverá responder por homicídio doloso e embriaguez ao volante”, explicou o delegado Antônio Ribas Junior, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.