No local funciona creche, posto de saúde e o centro comunitário

 

Na tarde desta quinta-feira, por volta das 16h, um atropelamento no cruzamento entre a rua Urquiza e a avenida Pôr do Sol causou a morte de Emanuelli Vitória Martins, 8, no Jardim Aeroporto na Capital. O local, segundo moradores, é de bastante fluxo de veículos onde esses sempre estão em alta velocidade. A reclamação já foi emitida para Prefeitura de Campo Grande (PMCG), mas até hoje nenhuma solução foi tomada.

Elvis Rangel,36, líder comunitário da região, informou que a responsabilidade pela falta da sinalização é do Município. “Durante a minha gestão como presidente, de 2012 a 2016, solicitei alguns ofícios pedindo quebra-molas (que eles falaram que é proibido) e uma faixa de pedestre elevada em três pontos críticos da via, até hoje o bairro não foi atendido. Desde 2013 aguardo um posicionamento”, comentou. Ainda na avenida Pôr do Sol, próxima a área do acidente, existe uma creche, posto de saúde e o centro comunitário, todos frequentados por crianças, o que acentua a preocupação com a sinalização adequada do trânsito.

O líder frisou que a população precisa mudar a ideia de que o responsável pela associação não faz nada, que a realidade é justamente o contrário. “Nós que assumimos esse cargo de presidente tentamos resolver todas as questões do moradores, trabalhamos sem ganhar salário para isso e fazemos tudo com boa vontade. Acontece que quando levamos as questões para o executivo, eles não articulam e acham que nós que não ligamos para nada”, desabafou. Acrescentou ainda que seu posicionamento não é contra um prefeito ou outro, e sim na luta por melhorias para a comunidade para que casos fatais como o de Emanuelli não se repitam.

A prefeitura foi procurada e até o fechamento da reportagem não emitiu um posicionamento.

Relembrando o caso

Emanuelli Vitória Martins, 8, tinha ido de bicicleta ao mercado e estava no cruzamento entre a rua Urquiza com a rua Pôr do Sol. Ao tentar atravessar a via, um carro-forte que estava estacionado em frente ao estabelecimento dificultou a visão da garota, que, segundo testemunhas, não viu o veículo que se aproximava.

O Clio com placa NGS 8600 de Camboriú, Santa Catarina, atropelou Emanuelli. Ela foi arremessada contra o para-brisa, batendo a cabeça e caindo em seguida no chão. O motorista, um homem que não foi identificado, prestou atendimento no local.

A Polícia Militar (PM), o Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPTran) e a Polícia Civil estiveram no lugar juntamente com a perícia que chegou uma hora e meia depois do acidente. A justificativa do atraso foi porque apenas uma equipe está atendendo sete municípios. Segundo os policiais, o veículo estava em alta velocidade.

Abalados, os familiares estiveram presentes o tempo inteiro junto ao corpo da menina. Emanuelli era a caçula de três irmãos, um adolescente de 14 e um jovem de 21 anos.

O Corpo de Bombeiros foi acionado durante o ocorrido para atender os familiares que passaram mal.