Envolvido em latrocínio de PM há 10 anos morre em confronto com o Choque no Jardim Colúmbia

Homem apontou arma para os policiais ao ser abordado em alta velocidade e com capacete levantado

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(Divulgação BPMChoque)

Bruno Allef Bibiano Cristaldo, de 31 anos, morreu em confronto com policiais do Batalhão de Choque na noite de domingo (12) no Jardim Colúmbia, em Campo Grande. Ele é acusado de envolvimento no latrocínio do Policial Militar Valdir Antunes de Oliveira, de 41 anos, em Campo Grande, em 2014.

Policiais faziam patrulhamento na região do bairro Nova Lima por volta das 21h, quando avistaram Bruno em uma motocicleta com o capacete levantado e acima da velocidade permitida.

Foi dada ordem de parada com sinais sonoros e luminosos, sem sucesso. O motociclista passou a fugir.

Em um trecho da Rua Coriatuba, o homem reduziu a velocidade para fazer uma manobra e continuar a fuga, mas foi abordado. 

Ele desobedeceu à ordem de colocar as mãos na cabeça, pegou uma arma de fogo na cintura e apontou aos policiais, que revidaram.

Bruno foi socorrido e levado até uma unidade de saúde do bairro Nova Bahia, mas morreu.

Com ele foi encontrado um celular, uma carteira com seis trouxinhas de cocaína, além da arma tipo revolver cal. 38 Special marca TAURUS, com cinco munições intactas e uma deflagrada. 

A motocicleta do homem foi encaminhada ao Detran.

Latrocínio de PM

Bruno é apontado como um dos envolvidos no latrocínio, roubo seguido de morte, do policial militar Valdir Antunes de Oliveira, de 41 anos, ocorrido no bairro Buriti, região sudoeste de Campo Grande.

Bruno Allef foi identificado nas imagens de circuitos de segurança de comércios da região, logo após o assalto. Ele aparece entrando no Voyage, preto, com outros comparsas. A partir disso, a polícia começou a monitorar os familiares dele.

No dia seguinte ao crime, houve uma informação de que ele estaria na casa do avô, no Jardim Colibri. O pai e a madrasta foram até o local para levar o rapaz de volta a casa, ocasião em que foi detido.

Preso, Bruno Allef contou que os dois revólveres usados no assalto na loja de material de construção civil da Rua das Mansões estavam escondidos com ele. O suspeito levou os policiais até a casa do pai, no Jardim Bálsamo, e entregou as armas de fogo que estavam escondidas no forro do imóvel.

O pai de Bruno contou à polícia que não sabia que as armas estavam na residência dele. Além disso, disse que o filho tinha lhe contado que estava envolvido em um roubo, porém ele não sabia que se tratava do latrocínio do bairro Buriti.

Em depoimento, o rapaz informou que os comparsas do latrocínio são Weslei Galvani, de 28 anos, e Max Yuri Coelho Ramos de Farias, de 24 anos.

Investigação

Bruno contou que, logo após o roubo, a quadrilha se escondeu no Jardim Aeroporto, região oeste de Campo Grande, na casa de Weslei, dono do veículo Voyage, que ainda não foi localizado. De lá, ele foi levado pelos comparsas para a casa do avô dele, onde estava refugiado. No local, o responsável pelo crime, ficou com a pistola do militar, pega durante o assalto, que também não foi localizada.

Ele chegou a falar que o assalto não foi premeditado. “Foi uma escolha aleatória, nem sabíamos que o local era de um policial”, fala Bruno e completa, “sei que a família dele não vai me perdoar, mas estou pronto para pagar pelo que fiz”.

Além disso, ele frisa que não fez disparo contra o policial. “Estava no banheiro, cuidando das vítimas e foi tudo muito rápido. Só sei que entrei nessa porque estou com muitas dívidas”, ressalta o suspeito que disse trabalhar como servente de pedreiro. Ele ainda fala que é casado, tem uma filha de 2 anos e a mulher está grávida de sete meses.

A polícia afirmou que não acredita na versão de que o roubo foi aleatório, pois os criminosos sabiam que o marido da comerciante era policial e mesmo ela dando o dinheiro do caixa e pedindo que eles fossem embora, a quadrilha esperou o militar. Além disso, há uma hipótese de que o crime teria ocorrido porque os criminosos souberam que a vítima havia vendido um caminhão e estava para receber o pagamento.

Local onde ocorreu o confronto com a polícia (Reprodução/Fala Povo)

Comparsa morto em confronto

Weslei Galvani, 38 anos, conhecido como “Pano”, morreu em um confronto com a Polícia Militar em setembro do ano passado em Campo Grande.  Weslei já havia sido preso em 2014, pelo assassinato do policial militar.

Batalhão de Choque da PM receberam a informação de que um homem usando tornozeleira estaria portando uma arma de fogo e que embarcaria em um Uber, possivelmente para roubar o veículo.

Os policiais se deslocaram até o local, na saída de Sidrolândia, em Campo Grande, quando visualizaram Weslei subindo em uma moto de aplicativo, que deslocou sentido Gameleira. Próximo ao aterro sanitário, a equipe conseguiu dar ordem de parada ao motociclista, que obedeceu e parou a moto.

De acordo com a polícia, Weslei desceu da moto com uma pistola e efetuou disparos contra a equipe, momento foi atingido a tiros. Ele chegou a ser socorrido e morreu após dar entrada no hospital. Ainda de acordo com a polícia, ele tinha extensa ficha criminal, sendo que em 2014, ele praticou latrocínio, contra o policial Valdir Antunes de Oliveira, morto com um tiro no tórax na frente da esposa e do filho de 1 ano.

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