O ex-policial Ronnie Lessa foi transferido na manhã desta quinta-feira (20), do Presídio Federal de Campo Grande para São Paulo. Ele estava encarcerado desde 2019 em Mato Grosso do Sul.

Nesta manhã, ele foi levado para o Aeroporto Internacional escoltado por policiais penais federais de onde embarcou para São Paulo, onde deve ficar em Tremembé. Lessa é acusado da morte da vereadora Marielle Franco. 

Após assinar a delação premiada, em depoimento, ele confirmou que os mandantes do assassinato de Marielle Franco ofereceram em troca um loteamento clandestino. Esse loteamento foi avaliado em U$ 10 milhões. Lessa admitiu a morte de Marielle, bem como do motorista Anderson Gomes.

Além disso, Ronnie Lessa também contou que a proposta dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão causou grande impacto sobre ele. Chiquinho também está preso em Campo Grande.

Condenação por contrabando de armas

Em fevereiro deste ano, Lessa teve a pena ampliada pela Justiça. Lessa foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto por contrabando de peças de arma de fogo pela Justiça do Rio de Janeiro. As peças de armas eram enviadas pela filha, nos Estados Unidos, depois do ex-policial fazer as compras pela internet. Os envios das peças foram entre 2017 e 2018, segundo denúncia do Ministério Público. De acordo com o Jornal O Dia, o processo é um desdobramento de uma apreensão realizada em 2019, na residência de um amigo de Lessa, na zona Norte do Rio. 

Em novembro de 2023, Ronnie Lessa teve a pena ampliada no processo do sumiço de armas do assassinato da vereadora Marielle Franco. O ex-policial militar teve a pena ampliada de quatro anos e meio para cinco anos, além de 16 dias-multa e o cumprimento da pena em regime fechado. Elaine Pereira Figueiredo Lessa (esposa de Ronnie), Bruno Pereira Figueiredo, José Márcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas também tiveram as penas ampliadas. Eles haviam sido condenados a quatro anos de prisão em regime aberto.