Pular para o conteúdo
Polícia

Ronnie Lessa, acusado da morte de Marielle, tem pena ampliada pela Justiça

Lessa está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande
Thatiana Melo -
Compartilhar
Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde dezembro de 2020 (Divulgação PF)

O policial militar reformado Ronnie Lessa, de 51 anos, acusado do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes, preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020, teve a pena ampliada pela Justiça.

A decisão da ampliação da pena foi publicada nesta quarta-feira (8) pela Justiça do Rio de Janeiro. A decisão é sobre o processo que julga o sumiço das armas ligadas ao crime. Segundo o Portal UOL, a decisão foi por unanimidade de votos.

O ex-policial militar teve a pena ampliada de quatro anos e meio para cinco anos, além de 16 dias-multa e o cumprimento da pena em regime fechado. Elaine Pereira Figueiredo Lessa (esposa de Ronnie), Bruno Pereira Figueiredo, José Márcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas também tiveram as penas ampliadas. Eles haviam sido condenados a quatro anos de prisão em regime aberto.

Lessa foi citado em delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz, firmada com a Polícia Federal, onde confessa ter participado junto com Ronnie Lessa da execução da ex-vereadora. A delação de Élcio resultou em uma operação nesta segunda-feira (24), no Rio de Janeiro, que prendeu ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que foi expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. A Operação Élpis cumpriu sete mandados de busca e apreensão.

Ronnie Lessa morava e foi preso no mesmo condomínio em que Jair Bolsonaro morava com a família na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o suspeito de matar Marielle afirmou que nunca foi próximo do presidente. 

Operação Florida Heat

Ele foi alvo ainda de outras operações como a ‘Florida Heat’ em março de 2022, contra organização criminosa voltada para o tráfico internacional de armas, dos EUA para o Brasil. As investigações, que começaram em 2020, descobriram um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posteriormente, envio ao Brasil. A internalização do armamento, no Brasil, se dava por meio de rotas marítimas — contêineres — e aéreas — encomenda postal — pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro.

Na maioria das vezes, o material era escondido em equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados junto a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados. Desta residência, as peças eram retiradas pelos integrantes da célula no Rio de Janeiro — responsável pela usinagem e montagem do armamento, com auxílio de impressoras 3D, que posteriormente eram distribuídas para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.

A quadrilha investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Também foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. Ao longo da investigação, houve apreensão de milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados