Preso em Campo Grande, Lessa não revelou onde está arma usada para matar Marielle
Lessa recebeu proposta de US$ 10 milhões pelo assassinato
Thatiana Melo –
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Preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, Ronnie Lessa, o ex-policial militar, encarcerado desde 2019, pelo assassinato de Marielle Franco, revelou em uma delação premiada, divulgada na noite deste domingo (26), que recebeu proposta de US$ 10 milhões, mas não disse onde está arma usada para o assassinato da vereadora.
Em abril, Lessa seria transferido, mas a Justiça resolveu mantê-lo em Mato Grosso do Sul, depois de o ex-policial aceitar fazer uma delação premiada, em março deste ano. Lessa disse na sua delação que os mandantes da morte de Marielle haviam oferecido a ele e a um comparsa, dois loteamentos clandestinos na zona oeste do Rio para a instalação de uma milícia, que renderia cerca de US$ 20 milhões.
O vídeo da delação premiada foi exibido pelo Fantástico, na noite deste domingo (26). Lessa revelou que a proposta do assassinato de Marielle veio dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e que ficou impactado com a proposta recebida. “Era muito dinheiro envolvido. Na época, daria mais de US$ 20 milhões. A gente não está falando de pouco dinheiro (…) Ninguém recebe uma proposta de receber US$ 10 milhões simplesmente para matar uma pessoa. Uma coisa impactante realmente”, disse segundo o Portal UOL.
Ainda de acordo com Lessa, o empreendimento que instalaria depois de receber loteamentos clandestinos, na zona oeste do Rio de Janeiro, seria para criar uma nova milícia, mas que não tinha prazo para começar. “Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle, como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade”, falou Lessa na delação premiada.
De acordo com a delação do ex-policial, Marielle era considerada uma ‘pedra no caminho’, já que fazia várias reuniões com lideranças comunitárias. Lessa ainda revelou que se reuniu com os mentores do crime por três vezes, sendo duas antes do assassinato e uma depois do crime.
Lessa ainda teria citado em sua delação, o delegado Rivaldo Barbosa como um dos autores intelectuais do crime. Ele foi apontado como “peça-chave” na consumação dos homicídios de Marielle e Anderson Gomes. De acordo com Lessa, o delegado teria cuidado para que os suspeitos não fossem incomodados pelo inquérito aberto para investigar o crime.
Condenação por contrabando de armas
Em fevereiro deste ano, Lessa teve a pena ampliada pela Justiça. Lessa foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto por contrabando de peças de arma de fogo pela Justiça do Rio de Janeiro. As peças de armas eram enviadas pela filha, nos Estados Unidos, depois do ex-policial fazer as compras pela internet. Os envios das peças foram entre 2017 e 2018, segundo denúncia do Ministério Público. De acordo com o Jornal O Dia, o processo é um desdobramento de uma apreensão realizada em 2019, na residência de um amigo de Lessa, na zona Norte do Rio.
Em novembro de 2023, Ronnie Lessa teve a pena ampliada no processo do sumiço de armas do assassinato da vereadora Marielle Franco. O ex-policial militar teve a pena ampliada de quatro anos e meio para cinco anos, além de 16 dias-multa e o cumprimento da pena em regime fechado. Elaine Pereira Figueiredo Lessa (esposa de Ronnie), Bruno Pereira Figueiredo, José Márcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas também tiveram as penas ampliadas. Eles haviam sido condenados a quatro anos de prisão em regime aberto.
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