Segundo as investigações da Polícia Civil, o professor Jair Ferreira Jara, 49 anos e o pintor de obras João Vitor Oliveira de Souza, de 21 anos, mortos executados a tiros no ginásio municipal da cidade de Sonora, eram inocentes. Seis pessoas foram presas envolvidas direta e indiretamente nos assassinatos.

João Vitor trabalhava como pintor de obras e teria ido até o ginásio para fazer um orçamento para a pintura do local, quando duas pessoas chegaram de moto procurando outro jovem. Os atiradores teriam confundido João e logo começaram os disparos. 

O irmão de João Vitor disse à Rádio Rec FM, que antes do crime, João mandou mensagem e ligou para familiares, estava muito feliz por realizar o sonho de ser pai. 

João cursava o 3° ano do Ensino Médio e tinha muitos sonhos. “Meu irmão não tinha nada a ver com isso. Foi morto no lugar de outro. Estamos em choque e revoltados”.

Já o professor Jair estaria dando aulas de futsal no Ginásio Municipal, que fica localizado ao lado de uma creche, quando o crime aconteceu. Ele teria tentado proteger as crianças que treinavam indo até a entrada do Ginásio, quando foi baleado pelos criminosos.

Jair era conhecido também como “Cabeludo” e foi candidato a vereador nas eleições municipais do ano de 2020, pelo partido Democratas, atual União Brasil.

Recebeu 228 votos foi eleito como suplente à vaga.

Jair nasceu em e sua família foi uma das pioneiras no município sonorense, trabalhando há anos com tapeçaria.

Ele trabalhou por anos como treinador de futebol e recentemente graduou-se como profissional de educação física, e era funcionário público municipal.

Assassinatos ocorreram no ginásio municipal, ao lado de uma creche. (Foto: Reginaldo Alves, REC FM)

Assassinato

À polícia, testemunhas relataram que os criminosos estavam em uma motocicleta e já entraram no ginásio atirando. O local estava cheio de crianças e adultos no momento dos disparos.

Ainda segundo investigações da polícia, João foi atingido pelo pelo garupa da motocicleta. Apavorado e ferido, o jovem tentou buscar refúgio dentro do ginásio, mas foi perseguido e morto pelo atirador, que na perseguição ainda atirou no professor Jair, que tentou socorrer Vitor.

A polícia ainda apurou que os acusados descarregaram dois revólveres calibre 38, atirando em direção das pessoas que estavam no ginásio, inclusive das crianças. 

Ao lado do corpo das vítimas, os criminosos deixaram recado em papel escrito à mão, indicando que a autoria do crime seria de membros de facção contra outra.