Presa por furtar loja de sapatos com adolescente a mando da ‘gangue das patroas’ é solta com tornozeleira

Adolescente disse à polícia que o furto foi cometido a mando de uma suspeita, integrante da ‘gangue das patroas’

Lívia Bezerra – 05/09/2024 – 15:57

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(Reprodução)

A jovem, de 24 anos, presa acusada de furtar R$ 2,1 mil em sapatos de uma loja em um shopping na Avenida Presidente Ernesto Geisel, região do Jardim Jóquei Club, em Campo Grande, juntamente com uma adolescente, a mando da ‘gangue das patroas’, foi liberada em audiência de custódia nesta quinta-feira (5).

Durante interrogatório na delegacia, a jovem negou o crime e alegou que não conhece a adolescente. Aos policiais, contou que ao sair da loja de sapatos na terça-feira (3) o alarme antifurto foi acionado e, por isso, foi abordada pelos funcionários do local. 

Ela relatou ainda que a adolescente estava saindo da loja no mesmo momento e assim que a equipe foi revistá-las, encontrou vários objetos com a adolescente. Porém, com ela nada foi encontrado. 

A jovem também explicou que os funcionários do local alegaram que a bolsa que ela usava, a qual afirma ser de sua irmã, estava em sua posse desde às 17 horas daquela terça-feira (3). 

Já a adolescente, quando ouvida pela autoridade policial, disse que o furto foi cometido a mando de uma suspeita, integrante da ‘gangue das patroas’. O grupo é conhecido por contar com a participação apenas de mulheres.

Em audiência de custódia na manhã desta quinta (5), a Justiça verificou que a jovem não possui passagens pela polícia após completar 18 anos e que o crime foi praticado sem violência ou grave ameaça. 

Com isso, o magistrado decidiu pela liberdade provisória dela, mas com algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, devendo ficar distante 300 metros do shopping onde o furto foi cometido. 

Além da monitoração eletrônica, a jovem está proibida de mudar de endereço sem antes comunicar à Justiça, através da Defensoria Pública e todas às vezes que for intimada deverá comparecer em juízo sem falta.

Relembre o caso

Por volta das 21h20 da noite, a gerente da loja viu duas mulheres suspeitas entrando no estabelecimento e começou a observá-las. 

Conforme o boletim de ocorrência, a dupla colocou vários sapatos, chinelos e tênis em duas bolsas e uma mochila, avaliadas em R$ 2.100 reais. Ao sair do local, elas ainda levantaram os braços com os produtos para que o sensor não captasse os alarmes.

Assim que a dupla saiu da loja, a gerente acionou a equipe de segurança do shopping que encontrou as mulheres, sendo detidas até a chegada da PM (Polícia Militar). Quando os policiais chegaram ao local, as duas foram levadas para a delegacia.

Questionada, a adolescente contou que o furto foi cometido a mando de uma suspeita, integrante da gangue das patroas. Ela também relatou que seus pais estão presos e que seu avô é idoso e não tem aparelho celular. Com isso, o Conselho Tutelar foi acionado para que a menor seja encaminhada para um abrigo. 

Prisões anteriores

Em fevereiro deste ano, duas mulheres que integram o grupo criminoso foram presas após furtarem produtos de uma loja no centro de Campo Grande. A prisão foi realizada por policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar.

O furto foi flagrado por um funcionário da loja. Ele acionou a polícia e as mulheres foram presas na Rua 13 de Maio, logo após cometerem o crime.

Elas estavam dentro de um carro. No veículo foram encontrados lenços umedecidos, potes de Nutella, ovos de Páscoa, roupas infantis, sabonetes líquidos, furtados da loja.

Gangue das Patroas

O grupo criminoso ficou conhecido como “Gangue das Patroas” por contar com a participação apenas de mulheres. Os alvos são lojas de diferentes seguimentos. As mulheres entram nos comércios fingindo serem clientes e fogem com produtos furtados.

Em maio de 2022, cinco mulheres foram acusadas por furtos na região central de Campo Grande, cometidos todos da mesma forma.

Diversas prisões de integrantes do grupo já foram realizadas em Campo Grande. Em uma das ocasiões, duas mulheres foram presas após serem flagradas com mais de 60 peças de roupas furtadas no centro da Capital.

Em outubro de 2023, um segurança foi agredido com golpes de porrete ao tentar impedir que uma das mulheres saísse de um supermercado com 12 potes de Nutellas.

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