O ex-militar da FAB (Força Aérea Brasileira) Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 32 anos, voltou ao banco dos réus nesta quarta-feira (27), em Campo Grande, pela morte de Natalin Nara Garcia, de 22 anos, em fevereiro de 2022. A avó de Natalin falou sobre comentários que a neta fez depois do crime.

Segundo Alcilete Albuquerque de Freitas, a menina disse a ela cinco dias depois de Natalin ter sido sepultada que viu Tamerson agredindo a mãe. “Eu tenho uma coisa pra contar. O Tamerson bateu na minha mãe até ela cair. Não faz isso papai”, disse a menina à avó. 

Alcilete contou que a neta disse odiar Tamerson e que Natalin sempre contava sobre as brigas do casal. A ex-madrasta de Natalin prestou depoimento por videoconferência, onde falou que a filha da enteada, a menina, estaria morando com o padrasto que criou Natalin e que a teria estuprado.

Ela ainda falou que morou por 30 dias com Natalin, mas que nunca tinha presenciado brigas entre o casal. Tamerson recorreu da sentença de seu primeiro julgamento, e em 18 de agosto de 2023, a 2ª Câmara Criminal acatou o recurso do MP, anulando o julgamento e determinando novo julgamento.

Levou filha para escola com Natalin no porta-malas 

Após matar Natalin com um mata-leão, o ex-militar da Aeronáutica enrolou o corpo em um lençol, colocou no porta-malas e esperou o dia clarear. Ele ainda simulou conversas no WhatsApp fingindo ser Natalin para despistar a polícia.

Tamerson relatou que quando Natalin chegou à residência do casal, ela teria passado a xingá-lo, ofendê-lo e estapeá-lo, momento em que teria tentado segurá-la aplicando um mata-leão. Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta.

O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ele esperou o dia clarear e levou a filha de 4 anos para a escola, com o corpo escondido no carro.

Depois foi até a rodovia e pegou uma estrada de chão, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou.