A ladra que causou prejuízo de mais de R$ 200 mil a lojistas de shoppings de Mato Grosso do Sul no ano de 2023, com suas duas irmãs, foi presa pela polícia no distrito de Itaim Paulista, em São Paulo, na última quarta-feira (28).  

Juma Yara de Souza Silva foi localizada em via pública e presa pelos policiais da Delegacia de Capturas da Capital Paulista. Ela e suas duas irmãs formaram uma organização criminosa familiar que se especializou em furtos de lojas de alto padrão em shoppings de várias cidades do país. O trio usava um dispositivo eletrônico que copiava a frequência das portas das lojas. 

Após a prisão, Juma foi encaminhada à 50ª Delegacia de Polícia de Itaim Paulista, onde foram cumpridos dois mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário de Mato Grosso Sul, sendo um de Campo Grande e outro de Dourados.

De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o trio cometeu três furtos nas cidades onde os mandados foram expedidos, causando prejuízo superior a R$ 200 mil. 

Sobre a transferência da mulher, será decidida entre os judiciários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, tendo em vista que ela já foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Uma das irmãs ganhou liberdade após decisão judicial 

Maria Eduarda de Souza Silva teve a liberdade concedida no dia 16 de agosto do ano passado em decisão da Justiça. Algumas medidas cautelares foram aplicadas, como: não mudar de residência sem prévia comunicação a este juízo; não se ausentar da comarca na qual reside, por mais de oito dias, sem prévia autorização daquele douto juízo; comparecer a todos os atos do processo, quando devidamente intimada, sob pena de eventual restabelecimento de sua prisão.

Além disso, consta que a mesma deve comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades.

Ostentação na internet

O trio de irmãs que furtava os shoppings agia nos fins de semana para cometer os crimes. Segundo o delegado Jackson do Vale da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), a descoberta dos furtos demorava pelo menos um dia pelos proprietários.

Ainda conforme o delegado, as irmãs faziam os furtos pelo menos em 1 cidade de 1 estado a cada mês. Elas seguiam para os municípios de carro ou de ônibus e ficavam hospedadas pelo menos quatro dias até cometerem os crimes e voltarem para São Paulo tranquilamente.

A organização criminosa familiar ainda ostentava na internet após os furtos praticados. Foi descoberto nas investigações uma crescente no patrimônio das irmãs.

Irmãs em ação durante furtos em shoppings da cidade (Divulgação PC)