Uma organização criminosa familiar que se especializou em furtos de lojas de alto padrão em shoppings de várias cidades do país: assim são descritas as três irmãs acusadas de furtarem de óculos a eletrônicos em Mato Grosso do Sul e em outros estados brasileiros. Elas agiam em shoppings de alto padrão nas cidades escolhidas como alvo.

Segundo o delegado Jackson do Vale da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), a organização criminosa escolhia os fins de semana para cometer os crimes, assim, a descoberta dos furtos demorava pelo menos um dia pelos proprietários.

Ainda de acordo com o delegado, as irmãs faziam os furtos pelo menos em 1 cidade de 1 estado a cada mês. Elas seguiam para os municípios de carro ou de ônibus e ficavam hospedadas pelo menos quatro dias até cometerem os crimes e voltarem para São Paulo tranquilamente.

A organização criminosa familiar ainda ostentava na internet após os furtos praticados. Foi descoberto nas investigações uma crescente no patrimônio das irmãs que tiveram suas prisões decretadas. São procuradas pela Justiça, Juma Yara de Souza Silva, Maria Aparecida de Souza Silva e Maria Eduarda de Souza Silva. Ainda fazem parte da quadrilha mais duas mulheres.

Furtos de mais de R$ 200 mil

Segundo as investigações de policiais da Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), as três jovens chegaram a no dia 15 de junho e ficaram em um apartamento alugado via Airbnb. Elas furtaram lojas na cidade nos dois dias seguintes e foram embora da Capital no dia 17 rumo à .

As investigações da polícia apontam que as três irmãs e mais uma integrante, ainda não identificada, realizaram dois furtos em lojas do e do Plaza, conforme câmeras de segurança abaixo.

No dia 16, a quadrilha furtou uma rede de óculos importados no Campo Grande. Foram levados 117 óculos de diversas marcas renomadas, causando prejuízo de R$ 176 mil. Já no dia seguinte, (17) as criminosas furtaram 21 aparelhos celulares de uma loja do Shopping Norte Sul Plaza, causando prejuízo ao proprietário no valor de R$ 35 mil.

Como agiam

As irmãs moram em SP e viajam para outros estados do país de ônibus e se hospedam por 3 ou 4 dias em apartamentos alugados via Airbnb. Nos primeiros dias, elas visitam os shoppings e identificam lojas que vendem produtos de alto valor e que possuem portas de fechamento por controle remoto.

Depois, no dia seguinte, vão até o shopping no horário de fechamento das lojas e aguardam em frente a elas, até que o vendedor ou responsável acione o controle remoto de fechamento das portas. Com um dispositivo eletrônico, elas conseguem decodificar o sinal da porta “roubando” o código.

Em seguida, com o mesmo código, elas abrem parcialmente a porta e uma ou duas entram e pegam o maior número de objetos com preços mais elevados. Para que os seguranças não visualizem a ação, elas fecham a porta da loja e depois abrem novamente para saírem.

As mulheres ainda usam roupas iguais e parecidas com uniformes de vendedoras de lojas de alto padrão.