Três dos quatro policiais envolvidos no caso de de violência contra o jornalista Sandro de Almeida, em Nova Andradina, a 298 quilômetros de , estão proibidos de atuar como policiais na cidade. A decisão foi expedida pela Justiça Militar de .

Os acusados entraram com pedido de revogação de medidas cautelares, mas foram atendidos apenas em parte delas, conforme fundamentação do Alexandre Antunes da Silva, assinada na segunda-feira (15).

“Assim, tendo em vista o decurso do prazo entre a decretação das medidas cautelares diversa da prisão e o encerramento da instrução processual, acolho o pedido dos denunciados para revogar parcialmente as medidas”, diz o magistrado.

Segundo ele, os policiais continuam proibidos de aproximação da vítima, na distância mínima de 500 metros e por qualquer meio de comunicação. Além disso, os acusados não poderão prestar serviços na Comarca de .

O tenente-coronel da PM Jose Roberto Nobres de Souza segue investigado pelo MPMS (Ministério Publico de Mato Grosso do Sul) em mais dois processos. Um deles é por denúncia de assédio sexual contra uma colega de farda em .

Informações apuradas pela reportagem do Midiamax relatam que o crime teria ocorrido dentro do gabinete do tenente-coronel, no início de dezembro de 2022, durante uma confraternização entre os militares.

José Roberto também é réu por peculato, falsidade ideológica e utilizar uma viatura descaracterizada para fins particulares. Essa mesma viatura teria sido utilizada por policiais durante o ataque ao jornalista, ocorrido no dia 2 de junho de 2023. O réu passou por audiência no dia 22 de fevereiro deste ano.

Ataque ao jornalista

O jornalista Sandro de Almeida Araújo, de 46 anos, de Nova Andradina, denunciou os quatro policiais por perseguição e agressão na manhã do dia 2 de junho de 2023, em Nova Andradina. Segundo ele, o quarteto teria dito que ele seria o responsável por espalhar faixas na cidade “comemorando” a saída de um comandante.

Sandro disse que estava dirigindo para retornar para sua casa, quando dois veículos descaracterizados, um Renault Sandero e uma caminhonete L-200, com dois homens em cada um, teriam começado a persegui-lo.

Segundo ele, em nenhum momento os ocupantes dos carros se identificaram como policiais militares ou tinham qualquer identificação visual, além de não estarem fardados. O jornalista afirmou que, só depois, tomou conhecimento de que seriam policiais militares lotados na cidade de Nova Andradina. À polícia na delegacia, disse ter sofrido abuso de autoridade, já que não havia mandado de prisão contra ele.

(Matéria editada às 13h22 do dia 19/04/2024 para correção de informação)