Indígenas acampados em aldeias de Dourados protestam contra falta de água

Manifestantes também exigem novas demarcações de área na cidade

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Protesto foi feito na comunidade Aratikuti (Foto: reprodução, redes sociais)

Um grupo de moradores das comunidades indígenas das áreas de retomadas (ocupações) no entorno da Reserva Indígena Federal voltou a reclamar da falta de água potável na região e também exigiu ações do Governo Federal em relação às demarcações de terras.

O protesto aconteceu durante o final de semana na comunidade Aratikuti e faz parte da semana de comemoração da luta indígena, segundo informações de lideranças em conversa com a reportagem do Jornal Midiamax.

“Estamos com a necessidade de água e também de espaço para as nossas famílias. Cada dia mais estamos perdendo as nossas terras. Queremos providências do poder publica que tem prioriza o abastecimento de grandes empresas e condomínios e estão deixando a gente com sede e sem terra”, desaba Valderi Garcia, promotor indígena de direitos humanos.

Segundo ele, a concessionária de água da cidade não tem atendido às reivindicações das comunidades indígenas. “Tem duas caixas de água da Sanesul enormes, apenas para servir às empresas e às construtoras que atua na área”, reclama Valderi.

Outro Lado

Por outro lado, a Sanesul, que é responsável pelo abastecimento de água na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, explica que embora a competência em relação às aldeias seja do Governo Federal, a concessionária participa do Grupo de Trabalho que busca soluções para o problema.

Em junho do ano passado, a empresa coordenou uma reunião para tratar do assunto. Nela foram discutidas algumas soluções, entre elas a construção de um superpoço na reserva Indígena Federal que pode resolver de vez a situação. Na época, a proposta estava orçada em R$ 34 milhões.

Passados quase 9 meses, o projeto ainda não foi viabilizado. À reportagem do Jornal Midiamax, o diretor da Sanesul em Dourados, Madson Roberto Pereira Valente, explicou que a proposta agora deve custar em torno de R$ 44 milhões.  

“O projeto está cadastrado no PAC (Programa de Aceleração Continuada) do Governo Federal. Estamos aguardando avaliação técnica da Caixa Econômica”, ressalta Valente, em referência aos estudos realizados nas aldeias e também nas áreas de entorno.

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