O Poder Judiciário de decretou a prisão preventiva do ex-marido, de 26 anos, suspeito de matar Gilvandra de Paula, de 42, em um velório na cidade de Três Lagoas, a 323 quilômetros de Campo Grande. O feminicídio aconteceu na manhã dessa quinta-feira (21). 

O suspeito foi preso em flagrante pela PM (Polícia Militar) horas após o crime. Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, ele passou por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (22), na 1ª Vara Criminal da cidade, onde a Justiça converteu a prisão em preventiva. 

Ainda na quinta (21), após ser preso e levado para a delegacia de Polícia Civil, o homem foi interrogado e permaneceu em silêncio por orientação do advogado de defesa. Ele foi autuado pelos crimes de feminicídio consumado e homicídio qualificado tentado. 

Gilvandra foi perseguida pelo ex-marido a caminho de velório

Gilvandra estaria dirigindo um carro acompanhada de sua amiga, de 76 anos, a caminho de um velório no bairro Santa Luzia. Em determinado momento, a amiga notou que elas estavam sendo perseguidas pelo homem.

Em seguida, o ex-marido de Gilvandra teria colidido na traseira do veículo diversas vezes, conforme boletim de ocorrência. Ele teria parado e se aproximado da janela do carro, dito algumas palavras, e efetuado três disparos contra as duas. 

A vítima foi atingida por dois disparos, sendo um na região torácica e outro na região abdominal do corpo. Ela foi socorrida para um hospital, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. 

Já a amiga de Gilvandra foi atingida por um tiro na perna e socorrida para atendimento médico em um hospital na região.

No veículo da vítima a equipe policial encontrou manchas de sangue e um projétil de arma de fogo disparado pelo suspeito.

O suspeito fugiu e se escondeu em uma casa na Vila Piloto, onde pediu para que o morador ‘sumisse' com o carro usado no crime. Horas depois, acabou sendo preso e levado para a delegacia.

Vítima solicitou medidas protetivas contra o ex-marido há quase 1 ano

Gilvandra havia registrado um boletim de ocorrência em abril de 2023, há quase um ano. Na ocasião, ela solicitou medidas protetivas contra o ex-marido. Conforme o delegado Matheus de Palma, adjunto da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), o relacionamento do casal era marcado por idas e vindas. 

Ainda segundo o delegado, a vítima deixa uma filha, de 2 anos, fruto do relacionamento com o suspeito do feminicídio. Ela tem outras filhas mais velhas de outros casamentos e familiares na cidade, que devem ficar com a guarda da criança.