Thiago da Silva Feitosa, de 31 anos, foi condenado por matar Marlon Ozias Santana, no José Abrão, em . O crime aconteceu em março de 2023 e Thiago foi a júri popular na manhã desta terça-feira (16).

Marlon Ozias Santana morreu aos 29 anos após ser esfaqueado em uma briga em frente a uma conveniência no Conjunto José Abraão. Ele foi socorrido na noite do dia 5 de março até uma unidade de saúde, levado para a Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu e morreu cinco horas depois.

O Conselho de Sentença desclassificou o crime de homicídio doloso, cuja pena é de 6 a 20 anos de reclusão. Portanto, Thiago foi condenado por lesão corporal seguida de morte, devendo cumprir pena de 5 anos de em regime inicial fechado por ser reincidente.

O júri entendeu que o autor cometeu um crime preterdoloso, que é quando há intenção na conduta anterior e culpa na conduta consequente, visto que a vítima foi lesionada, chegou a ser socorrida, mas morreu horas depois.

“Porque agiu com dolo na conduta antecedente, pois as provas levam à conclusão de que buscou lesionar, todavia, acabou, por culpa, gerando a morte da vítima”, consta no trecho da sentença.

Júri

Durante o julgamento, Thiago mudou completamente a versão dada anteriormente. Antes do assassinato, ele teria flertado com a esposa de Marlon, que o agrediu junto ao irmão. 

Nesta terça (16), ao Plenário do Tribunal do Júri, ele disse não conhecer a mulher da vítima e afirmou que era ameaçado.

Thiago foi preso preventivamente no dia 17 do mesmo mês que ocorreu o crime e contou que tinha total intenção de matar Marlon, porque a vítima e o irmão haviam o agredido. Nesta manhã, Thiago foi direto ao começar o interrogatório. “Quero me defender porque não foi desse jeito que estão falando”.

Mudou a versão

O boletim de ocorrência registrado na época do crime informa que o irmão de Marlon contou que o autor havia ‘mexido' com a esposa da vítima tempos atrás. Por conta disso, na época a vítima e o irmão bateram no autor.

Thiago passou a ameaçar os irmãos. Em depoimento, o homem contou que agiu por vingança, após ter sido agredido por Marlon, e que tinha a intenção de matar a vítima, apontou a Promotoria de Justiça.

Ao Tribunal do Júri, negou até conhecer a esposa de Marlon, mencionando essa versão apenas no começo do interrogatório. Também afirmou que iria “apenas conversar” com a vítima, sem ter pretendido matar o desafeto.

Relembre o crime

Conforme o boletim de ocorrência, o irmão de Marlon contou que o autor havia ‘mexido' com a esposa da vítima tempos atrás. Por conta disso, na época a vítima e o irmão bateram no autor. Desde então, os irmãos eram ameaçados pelo assassino.

Por volta das 23h do dia 5 de março de 2023, o autor, em posse de uma , golpeou a vítima, que foi socorrida até a UPA Vila Almeida e depois encaminhada à Santa Casa, onde não resistiu e faleceu às 5h36.

Ele havia chegado ao hospital com ferimento no tórax, sedado e intubado, durante avaliação para cirurgia, teve uma parada cardiorrespiratória.

O corpo foi encaminhado para o (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).