Vinícius Araújo de Freitas, conhecido como “Lobinho”, que estava sendo acusado de matar a facadas o ex-marido da namorada, Ezequiel Gomes Pereira, de 29 anos, no Jardim Presidente, em Campo Grande, foi absolvido no Tribunal do Júri. 

O crime aconteceu em março do ano passado. Vinícius, de 25 anos, foi preso em flagrante e estava encarcerado até hoje. Ele ocupou o banco dos réus na manhã desta quarta-feira (8) pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe. 

A defesa do rapaz havia pedido pela absolvição pela legítima defesa com excesso exculpante ou clemência, concordou com a tese da Promotora do privilégio do domínio da violenta emoção e concordou também com o afastamento da qualificadora.

O Conselho de Sentença, por maioria de votos revelados, absolveu Vinícius e então foi expedido o alvará de soltura para o mesmo. 

Durante o julgamento na manhã desta quarta-feira (8), o servente de pedreiro contou que saiu de casa e viu a vítima, que começou a xingá-lo. “Eu, a todo momento, pedia para ele me deixar em paz, porque vi que ele estava bastante agressivo. Ele queria me tirar do sério, que eu perdesse a razão”, lembrou.

Vinícius explicou que em nenhum momento ficou agressivo, que tentou se desvencilhar, mas a vítima começou com as agressões físicas. “Foi onde perdi a cabeça, tirei a faca e ele me deu um soco. Aí eu não me lembro de mais nada. Perdi a cabeça e desferi outros dois golpes”, disse. 

Ele segue casado com a mulher, com quem, na época, estava junto havia 8 meses.

O crime

Conforme testemunhas relataram à polícia, Ezequiel chegou à residência no Jardim Presidente em uma bicicleta e sem proferir nenhuma palavra teria dado um tapa no rosto do autor, neste momento, o homem pegou uma faca que tinha na cintura e correu atrás da vítima e efetuou vários golpes.

Ezequiel correu próximo a um tio que impediu que o homem continuasse as agressões. O autor fugiu e a vítima foi levada por testemunhas até a unidade de saúde com ferimentos nas costas e no braço, mas não resistiu e morreu.

Como o local não ficou preservado, já que foi lavado por moradores, não foi possível realizar perícia.