Defesa de réu por execução de ‘Opalão do PCC’ entra com recurso e julgamento não tem data marcada

Mateus Pompeu Dias foi executado com pelo menos 8 tiros em março deste ano no bairro Montevidéu

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(Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

O julgamento de Eriton Amaral de Souza, de 30 anos, réu por execução de Mateus Pompeu Dias, conhecido como ‘Opalão do PCC’ (Primeiro Comando da Capital) no bairro Montevidéu, em Campo Grande, ainda não tem data definida para ser realizado. O crime aconteceu em março deste ano e a defesa do réu – preso desde a época dos fatos – entrou com recursos na última quinta-feira (26). 

‘Opalão do PCC’ foi executado com pelo menos 8 tiros e tinha uma extensa ficha criminal, com 58 ocorrências policiais, sendo que uma das passagens era por estupro cometido contra as próprias filhas. 

Um PM (Policial Militar) do Batalhão de Choque que seguia para o trabalho tentou evitar o crime, quando percebeu a ação do atirador – que estava em uma motocicleta – e jogou o carro em cima dele, que conseguiu se desvencilhar. O réu foi perseguido e teria disparado contra o carro do PM. 

Por isso, Eriton responde por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Já em relação ao policial, ele responde por tentativa de homicídio. 

Durante a ação processual, Eriton foi pronunciado – ou seja, a Justiça determinou que ele fosse a júri popular. Contudo, a defesa, representada pelo advogado Amilton Ferreira de Almeida, entrou com recurso em sentido estrito para que a qualificadora seja retirada. 

“Ele é réu confesso, mas atirou e matou porque agiu sob forte emoção, então entramos com recurso para retirar a qualificadora e classificar para homicídio simples”, explicou o advogado ao Jornal Midiamax.

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Advogado Amilton Ferreira de Almeida (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Amilton revelou à reportagem que está lutando pela impronúncia de Eriton em relação à tentativa de homicídio contra o PM. “Haja vista que ele não teve nenhuma intenção de atirar contra o policial”, afirma o advogado de defesa. 

O advogado também afirmou que ele e sua equipe irão até Brasília (DF) no STF (Supremo Tribunal Federal) para conseguir o recurso para o cliente. Agora, o júri popular ficará sob Estado até que os recursos sejam julgados.

Execução de ‘Opalão do PCC’

Um policial que seguia para o trabalho tentou evitar o crime, quando percebeu a ação do motociclista e jogou o carro em cima do autor, que conseguiu se desvencilhar.

Em seguida, o motociclista emparelhou ao lado do veículo de ‘Opalão do PCC’ e fez os disparos. O motorista morreu no local antes da chegada do socorro e teria sido atingido por cerca de oito tiros.

O policial ainda perseguiu o motociclista, que atirou contra o carro do militar. Ocorreu troca de tiros e o autor, conhecido como ‘Tom’, acabou preso.

‘Opalão do PCC’ tinha quase 60 passagens pela polícia, inclusive homicídio

Jornal Midiamax apurou que a vítima tinha extensa ficha criminal, com 58 ocorrências policiais. Homicídio simples, homicídio simples na forma tentada, estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal dolosa (violência doméstica), vias de fato (violência doméstica) constam na lista.

Uma das passagens por estupro é um crime cometido contra as próprias filhas. Além disso, ‘Opalão do PCC’ tinha passagens pelos crimes de receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, ameaça e maus-tratos, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, estelionato, evasão de custódia legal, desacato e desobediência.

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